A prevalência da desconfiança nas relações humanas dá origem a que fixemos um axioma para o estado de confiança. Quando duas pessoas confiam mutuamente uma na outra, a confiança de cada uma não tem necessariamente a mesma origem, embora vivam no mesmo estado de confiança.
Daí que não deve constituir qualquer surpresa se a desconfiança surgir repentinamente entre dois velhos amigos. Também por isso é que a amizade custa a manter e nem sempre está despida de dúvidas e preconceitos. Como tudo na vida custa a criar, não é fácil de alimentar. É muito mais fácil de perder, de esmorecer, de se esvair.
O estado de confiança pode ser mais ou menos intenso, ser mais fácil ou difícil de alcançar, a sua sobrevivência ser mais ou menos questionada, mas depende sempre em última instância daqueles que o vivem. Mas quando uma amizade, uma qualquer ligação que pressuponha um depósito de confiança, se perde, não raro procuramos as razões de tal facto, sempre nos outros, raramente em nós.
A coisa funciona mal é porque na sua origem estão interesses conflituantes que não foi possível compatibilizar. Mas porquê se eventualmente até interesses contraditórios não darão origem ao fim inevitável duma relação? Sempre, em meios agrícolas e em sociedades menos complexas, se dirimiram conflitos de interesses de modo a não atingir as formas estabelecidas de relacionamento.
O que é novo na nossa sociedade, pela sua generalização em relação ao passado, em que só esporadicamente poderia acontecer, é a quebra da estabilidade de uma relação por via do surgimento de novos interesses. Isto impõe, em favor da saúde da relação, a sua refundação. O que pode também acarretar o seu fim, o que para muitos será sempre uma quebra de lealdade, mas que a sociedade vai aceitando com cada vez mais naturalidade.
Neste aspecto, nós estabelecemos sempre um limite até onde os nossos interesses podem ser postos em causa e negociados. Já não há interesse prático em ser irredutível. Mas quando há novos interesses que se interpunhem, eles farão sempre prevalecer a desigualdade social. Cada um parte de uma diferente base negocial.
Daí que não deve constituir qualquer surpresa se a desconfiança surgir repentinamente entre dois velhos amigos. Também por isso é que a amizade custa a manter e nem sempre está despida de dúvidas e preconceitos. Como tudo na vida custa a criar, não é fácil de alimentar. É muito mais fácil de perder, de esmorecer, de se esvair.
O estado de confiança pode ser mais ou menos intenso, ser mais fácil ou difícil de alcançar, a sua sobrevivência ser mais ou menos questionada, mas depende sempre em última instância daqueles que o vivem. Mas quando uma amizade, uma qualquer ligação que pressuponha um depósito de confiança, se perde, não raro procuramos as razões de tal facto, sempre nos outros, raramente em nós.
A coisa funciona mal é porque na sua origem estão interesses conflituantes que não foi possível compatibilizar. Mas porquê se eventualmente até interesses contraditórios não darão origem ao fim inevitável duma relação? Sempre, em meios agrícolas e em sociedades menos complexas, se dirimiram conflitos de interesses de modo a não atingir as formas estabelecidas de relacionamento.
O que é novo na nossa sociedade, pela sua generalização em relação ao passado, em que só esporadicamente poderia acontecer, é a quebra da estabilidade de uma relação por via do surgimento de novos interesses. Isto impõe, em favor da saúde da relação, a sua refundação. O que pode também acarretar o seu fim, o que para muitos será sempre uma quebra de lealdade, mas que a sociedade vai aceitando com cada vez mais naturalidade.
Neste aspecto, nós estabelecemos sempre um limite até onde os nossos interesses podem ser postos em causa e negociados. Já não há interesse prático em ser irredutível. Mas quando há novos interesses que se interpunhem, eles farão sempre prevalecer a desigualdade social. Cada um parte de uma diferente base negocial.
Sem comentários:
Enviar um comentário