Quando seis países se juntaram para formar a Comunidade Europeia pensarem em vir a agregar à sua volta outros Estados, mesmo que tivessem níveis de desenvolvimento mais fracos. As negociações para a adesão sempre foram um estudo de como se iria processar a integração de um país novo numa orgânica que já tinha uma certa credibilidade e estabilidade.
Cada país tem o seu passado, os seus hábitos e tem dificuldades próprias para se adaptar a novos métodos, alguns dos quais tiveram origem em países de muito diferente tradição. A própria maneira como cada país vê o seu papel em relação à economia é diferente. Mas o intervencionismo é sempre visto como negativo quando não respeita as regras da concorrência.
A nossa herança foi fraca em termos absolutos mas também em questões metodológicas, dada a nossa tradicional desenrascanço, uma fuga desordenada a tudo que é norma e regulamento. E quando enveredamos pela disciplina é com tanto rigor que quase ficamos manietados. Deixamo-nos mover facilmente entre extremos.
Além do mais a nossa escolaridade para pouco nos dava, quase nem para escrever aerogramas às madrinhas de guerra, o nosso know-how era mais do que deficitário, quase nada sabíamos fazer além de sachar a terra e assentar tijolo. Com uma economia tão incipiente e tão fracos índices em todos os domínios pessoais quase é de perguntar: Para que nos quiseram?
No entanto não tivemos que pagar qualquer jóia à entrada na Comunidade. Aceitaram-nos tal qual somos com todos os problemas conjunturais que fomos acumulando. Tínhamos vivido um período de permanente ebulição, de instabilidade, dita revolução em curso, de regresso dos militares, de integração de retornados das ex-colónias.
Passamos de um império anquilosado a uma república incipiente. Por sorte ficamos à mercê destes “hoje” bem intencionados europeus que tiveram pena de nós, nos encheram de oxigénio, e nós, ansiosos no interior, tornamo-nos quase insuportáveis (pelo menos de paleio, mas ninguém nos ouve) no exterior. Ainda nos tornamos, mercê das nossas dificuldades, mais reivindicativos por aquilo que alguma vez merecemos ter.
Cada país tem o seu passado, os seus hábitos e tem dificuldades próprias para se adaptar a novos métodos, alguns dos quais tiveram origem em países de muito diferente tradição. A própria maneira como cada país vê o seu papel em relação à economia é diferente. Mas o intervencionismo é sempre visto como negativo quando não respeita as regras da concorrência.
A nossa herança foi fraca em termos absolutos mas também em questões metodológicas, dada a nossa tradicional desenrascanço, uma fuga desordenada a tudo que é norma e regulamento. E quando enveredamos pela disciplina é com tanto rigor que quase ficamos manietados. Deixamo-nos mover facilmente entre extremos.
Além do mais a nossa escolaridade para pouco nos dava, quase nem para escrever aerogramas às madrinhas de guerra, o nosso know-how era mais do que deficitário, quase nada sabíamos fazer além de sachar a terra e assentar tijolo. Com uma economia tão incipiente e tão fracos índices em todos os domínios pessoais quase é de perguntar: Para que nos quiseram?
No entanto não tivemos que pagar qualquer jóia à entrada na Comunidade. Aceitaram-nos tal qual somos com todos os problemas conjunturais que fomos acumulando. Tínhamos vivido um período de permanente ebulição, de instabilidade, dita revolução em curso, de regresso dos militares, de integração de retornados das ex-colónias.
Passamos de um império anquilosado a uma república incipiente. Por sorte ficamos à mercê destes “hoje” bem intencionados europeus que tiveram pena de nós, nos encheram de oxigénio, e nós, ansiosos no interior, tornamo-nos quase insuportáveis (pelo menos de paleio, mas ninguém nos ouve) no exterior. Ainda nos tornamos, mercê das nossas dificuldades, mais reivindicativos por aquilo que alguma vez merecemos ter.
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