14 dezembro 2007

O Oeste Europeu – a oportunidade das oportunidades

Convencemo-nos enfim que a agricultura de subsistência é residual, que a agricultura em geral é economicamente irrelevante, que não podemos assentar a nossa economia em indústrias de mão-de-obra intensiva, que temos que puxar pela nossa cabecinha para injectar nos nossos produtos umas mais valias provenientes dos nossos neurónios.
Aí apareceram as novas oportunidades, enfim, a última hipótese de, com dinheiros da Comunidade Europeia, darmos genica, elasticidade, a ginástica necessária às tais cabeças para que sejam capazes de fazer mais alguma coisa do que rolhas e sardinhas em conserva e ter algo para oferecer além do mar e do sol.
Até os velhinhos apareceram à chamada para que não tenham que ir para o outro mundo sem levarem o certificado de habilitações que lá lhes permita um bom lugar. Com o certificado nas mãos já todos teremos acesso às melhores Universidades e Institutos (da Terceira Idade), que nós gostamos de dar valor a quem o tem, mesmo que seja só para untar o ego.
Os nossos cílios cerebrais fervilham de actividade. Agora somos o Oeste, estamos logo à frente do Oeste Americano, não do farwest, mas da célebre Costa Oeste, do Silicon Valley. Aqui se formam profissionais de todos os sectores, estamos prontos a servir nem que seja na hotelaria. Venham os euros.
È esta a nossa oportunidade?

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana