Quando seis países se juntaram para formar a Comunidade Europeia pensarem em criar um espaço de paz e liberdade. E foi tal o seu sucesso que logo outros países quiseram aderir, mesmo colocando sérias reservas a algumas políticas comuns, de que o caso mais saliente é a politica agrícola.
A política de garantir um abastecimento sem problemas das cidades industriais e de serviços, daqueles que se dedicam a outros ramos de actividade essenciais para o desenvolvimento de todos, levou a que se atingisse uma produção excedentária, que a Comunidade optou por pagar, mesmo sem utilidade ou mantendo as terras em pousio.
Houve muitos países que nunca aceitaram este estado de coisas optando por, não conseguindo impor os seus pontos de vista, obter outras compensações. Portugal entrou na Comunidade sabendo que estava a condenar quase toda a agricultura que ainda se fazia e a obrigar a mudar de vida uma parte significativa da sua população. Como esta parte era a mais iletrada, mais crente e levou uns tostões anestesiantes a mudança foi-se processando sem grandes sobressaltos.
Se as coisas tivessem sido ditas com clareza, teria havido nos meios agrícolas não euforia mas desassossego. Todos se esqueceram da dimensão das nossas explorações agrícolas. Deliberadamente porque falar em reestruturação fundiária sempre foi um tema incómodo e repudiado. Os nossos agricultores ficaram com certeza mais satisfeitos em caírem mas de pé.
A reconversão fez-se sem plano, sem preparação. Imensas pessoas foram trabalhar nas confecções, no calçado, na construção civil. Permaneceram no mesmo ponto da escala social, não houve progressão alguma. Toda a economia haveria de sofrer com a baixa habilitação desta remessa de mão-de-obra.
A política de garantir um abastecimento sem problemas das cidades industriais e de serviços, daqueles que se dedicam a outros ramos de actividade essenciais para o desenvolvimento de todos, levou a que se atingisse uma produção excedentária, que a Comunidade optou por pagar, mesmo sem utilidade ou mantendo as terras em pousio.
Houve muitos países que nunca aceitaram este estado de coisas optando por, não conseguindo impor os seus pontos de vista, obter outras compensações. Portugal entrou na Comunidade sabendo que estava a condenar quase toda a agricultura que ainda se fazia e a obrigar a mudar de vida uma parte significativa da sua população. Como esta parte era a mais iletrada, mais crente e levou uns tostões anestesiantes a mudança foi-se processando sem grandes sobressaltos.
Se as coisas tivessem sido ditas com clareza, teria havido nos meios agrícolas não euforia mas desassossego. Todos se esqueceram da dimensão das nossas explorações agrícolas. Deliberadamente porque falar em reestruturação fundiária sempre foi um tema incómodo e repudiado. Os nossos agricultores ficaram com certeza mais satisfeitos em caírem mas de pé.
A reconversão fez-se sem plano, sem preparação. Imensas pessoas foram trabalhar nas confecções, no calçado, na construção civil. Permaneceram no mesmo ponto da escala social, não houve progressão alguma. Toda a economia haveria de sofrer com a baixa habilitação desta remessa de mão-de-obra.
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