30 dezembro 2007

O Oeste Europeu – Um olhar para além do dia a dia

Para quem só vive o dia-a-dia das vantagens/desvantagens, do deve/haver, a Comunidade Europeia é só mais um patamar das preocupações/oportunidades que se nos deparam. O que não são oportunidades, se não são prejuízo, são pelo menos uma preocupação desnecessária. São esses que dizem que estávamos bem sós.
Este discurso simples e redutor é o adoptado pelas forças políticas que não vêm vantagens imediatas em nos chamar a atenção para todo o tipo de responsabilidades que nós temos no mundo. Rendem-se à facilidade que consiste em termos uma ideia generosa sobre nós próprios e em atribuirmos todos os males do mundo a forças que não têm cá raízes, o que é falso.
Sócrates apareceu nesta Presidência da Comunidade aqui e ali, mas para os mais insolentes tudo passa por querer aparecer, por folclore político quando é bem mais do que isso, quando o nosso futuro também se joga aí. Quando Kadaffi exige indemnizações pelo colonialismo não está brincar, nem se dirige só à Itália, também se dirige a nós.
De qualquer modo é problemático estarmos com o passado presente quando ponderamos na nossa perspectiva a conveniência das medidas que são tomadas a nível comunitário. Nem o nosso passado nem o da Comunidade que não conhecemos ou não aceitamos como nosso. Mas ao menos olhemos para o futuro e vejamos quando perigoso é andarmos isolados neste mundo.
Há muitas medidas que podemos entender não serem apropriadas numa perspectiva puramente nacional e de presente, mas sê-lo-ão num perspectiva internacional e de futuro. Um futuro em que já não há paraísos de leste ou até Oestes americanos. O Oeste Europeu agora está aqui. Não é o fim do mundo conhecido, mas é decerto o fim de um projecto único e de paz.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana