16 dezembro 2007

O Oeste Europeu – Terra de sonhos e frustrações

Sempre sonhamos alto. Os nossos reizinhos de opereta sempre se julgaram com direito ao sacro império romano germânico. Tudo que seja menos que o primeiro lugar é desprezível, equivalente ao último. Quando este nos calha em sorte, abrenúncio que é o diabo.
Na verdade, descontadas as desvantagens naturais, nós temos o que merecemos. A sorte não nos deu poços de petróleo e talvez ainda bem, senão tínhamos de aturar algum macaco armado em imperador. No fundo somos uns ingratos, não agradecemos aquilo que temos.
Esta mania dos grandes desafios tem-nos postos várias vezes eufóricos, logo de seguida desesperados. Meteu-se-nos na cabeça que devíamos viver tão bem como os alemães, que devíamos estar na cabeça da Comunidade. Fora assim e eles haviam de ver como nós gozaríamos ainda melhor que eles, esses alemães tão frios e distantes, que só sabem trabalhar, o prémio em dinheiro do primeiro lugar. E político que se preze, que não tenha isso como exigência primeira, que vá pastar anzóis.
Só o partido comunista e outros esquerdistas, disfarçados ou não, não precisam de prometer nada. Basta-lhes dizer aos incautos que pressionem o governo para lhes dar o céu na terra. Se prometem, que cumpram. Esta barbaridade repetida até à exaustão até para eles já soa a verdade, tão inebriados estão com a maneira como a sua cabeça funciona, pela inércia que o Cunhal já lhes deu gás bastante.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana