Quando seis países se juntaram para formar a Comunidade Europeia partiram duma base sólida, não económica, mas sabiam que tinham potencialidades, que se canalizassem as energias e os conhecimentos que haviam tão mal aplicado na sua destruição mútua para um sentido de colaboração e progresso, construiriam uma fortaleza em que a justiça e os direitos sociais poderiam ter uma outra expressão.
Tinham razões para acreditar, razões que, por esses tempos, os portugueses no geral desconheciam, no seu atavismo ancestral. Noutras gerações anteriores tínhamos sido capazes de alguns rasgos sempre que alguém ia lá fora com olhos para ver e trazia alguma refrescadela ao nosso panorama de ideias, imagens e valores.
Mas quanto a aplicação prática nunca atingimos o ponto crítico porque uma árvore não faz a floresta. Nesta altura, já nos anos cinquenta, quem teve o rasgo foi Humberto Delgado, talvez porque era um homem da aeronáutica militar e civil e estivera na América. O mal foi ter-se agarrado a ramos decrépitos que se partiram facilmente e o deixaram cair desamparado.
O nosso atraso manteve-se, ultrapassou a guerra colonial, as forças económicas menos exigentes criaram algum desenvolvimento, sem necessidade de grandes investimentos no ensino. Veiga Simão tentou em dois regimes diferentes, mas continuamos com aquela falta de potencial em quantidade para fazer coisas grandes.
Tinham razões para acreditar, razões que, por esses tempos, os portugueses no geral desconheciam, no seu atavismo ancestral. Noutras gerações anteriores tínhamos sido capazes de alguns rasgos sempre que alguém ia lá fora com olhos para ver e trazia alguma refrescadela ao nosso panorama de ideias, imagens e valores.
Mas quanto a aplicação prática nunca atingimos o ponto crítico porque uma árvore não faz a floresta. Nesta altura, já nos anos cinquenta, quem teve o rasgo foi Humberto Delgado, talvez porque era um homem da aeronáutica militar e civil e estivera na América. O mal foi ter-se agarrado a ramos decrépitos que se partiram facilmente e o deixaram cair desamparado.
O nosso atraso manteve-se, ultrapassou a guerra colonial, as forças económicas menos exigentes criaram algum desenvolvimento, sem necessidade de grandes investimentos no ensino. Veiga Simão tentou em dois regimes diferentes, mas continuamos com aquela falta de potencial em quantidade para fazer coisas grandes.
Periodicamente é isto que acontece: Chama-se a atenção para a nossa falta de formação, tenta-se avançar, mas parece faltar-nos a vontade, tudo são dificuldades, escolhos. Nem as novas oportunidades entusiasmam um povo que parece definitivamente ensimesmado. À espera talvez que o Filipe Meneses seja o salvador.
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