Andamos há séculos à procura da nossa salvação, não como homens, que essa andança tem milénios, mas como portugueses, essa miscelânea particular de raças que vai sobrevivendo no Oeste Europeu.
Remédios foram aparecendo como a expulsão dos mouros, a plantação do pinhal de Leiria, a leis das sesmarias, as descobertas, o comércio das especiaria da Índia, a expulsão dos judeus, a invasão de Ceuta, e não fora a derrota da Armada Invencível, o definitivo remédio estaria encontrado dentro do Império Espanhol.
Restauramo-nos e ainda fomos a tempo de sacar o ouro do Brasil, mandar para lá escravos para trabalhar nos engenhos de açúcar, de sonhar com o Marquês, com o liberalismo que nos deixaram, com as colónias que não perdemos no ultimato inglês e sacrificadamente defendemos na Primeira Guerra Mundial.
O temor que já nos assustava tomou conta de nós, entregamos o nosso destino a um sacripanta miserável e hipocondríaco. Empastelamo-nos em África nas bolanhas do nosso desgosto. Andamos fugidos do mundo, acusando sempre os outros de serem piores do que nós, autênticos pilares da virtude. Assumimos o ensimesmamento de Salazar.
Tentamos recuperar a realidade, vir ao encontro dela numa noite de Abril, mas fizemo-lo como um exército de maltrapilhos comandado por gente sem bússola, ao sabor do vento de ocasião. Empenhamos quase aleatoriamente em vários fardetas um futuro que era tudo menos fácil, mas que nos deslumbrou.
Demos oportunidade aos cobardes...
Remédios foram aparecendo como a expulsão dos mouros, a plantação do pinhal de Leiria, a leis das sesmarias, as descobertas, o comércio das especiaria da Índia, a expulsão dos judeus, a invasão de Ceuta, e não fora a derrota da Armada Invencível, o definitivo remédio estaria encontrado dentro do Império Espanhol.
Restauramo-nos e ainda fomos a tempo de sacar o ouro do Brasil, mandar para lá escravos para trabalhar nos engenhos de açúcar, de sonhar com o Marquês, com o liberalismo que nos deixaram, com as colónias que não perdemos no ultimato inglês e sacrificadamente defendemos na Primeira Guerra Mundial.
O temor que já nos assustava tomou conta de nós, entregamos o nosso destino a um sacripanta miserável e hipocondríaco. Empastelamo-nos em África nas bolanhas do nosso desgosto. Andamos fugidos do mundo, acusando sempre os outros de serem piores do que nós, autênticos pilares da virtude. Assumimos o ensimesmamento de Salazar.
Tentamos recuperar a realidade, vir ao encontro dela numa noite de Abril, mas fizemo-lo como um exército de maltrapilhos comandado por gente sem bússola, ao sabor do vento de ocasião. Empenhamos quase aleatoriamente em vários fardetas um futuro que era tudo menos fácil, mas que nos deslumbrou.
Demos oportunidade aos cobardes...
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