A Universidade há muito que deixou de ser o barómetro para aferir da qualidade do que quer que seja. E a Portuguesa é em termos culturais do tipo mais rasca e em termos científicos vegeta, enrosca-se, sobrevive.
No entanto lá há um ou outro ramo com o seu prestígio. Porque o mantém, o revigorou mesmo ou porque ganhou realce e brilho em domínios novos. O certo é que à sombra de alguns desses ramos fluorescentes anda a imensa multidão dos imbecis, que para cúmulo são os mais convencidos, pretensiosos e vaidosos, sem terem sustentáculo visível para tanta bazófia.
Até uns tempos atrás o “doutor” que saía da Universidade só valia na medida em que era a garantia da preservação dos valores e da organização social instalada. Aqueles que não contribuíssem para isso eram marginalizados, impedidos de defender as suas ideias. Este efeito foi exacerbado pelas instâncias superiores do salazarismo, mas, para a nossa mais completa desgraça, era socialmente aceite.
A proliferação de “doutores”, que deixaram de poder ser todos pagos ou beneficiados pelo Estado, veio pôr a nú aquilo que já era do conhecimento de muitos: A maioria deles não vale nada.
O advento da Liberdade e a complexidade crescente do sistema social veio criar a necessidade de quem o desenvolva e não de quem o preserve. Tornou-se evidente que a Universidade, conservadora e defensiva, não foi capaz de se adaptar às suas novas responsabilidades.
Para agravar a situação qualitativa, criaram-se as Universidade privadas, essencialmente viradas para os cursos de papel e lápis, para as classes emergentes mas com menor qualidade ainda que o ensino do Estado.
Mas mesmo o ensino oficial passou momentos de uma absoluta agonia, incapaz de fazer a transição progressiva entre a ditadura e a liberdade. Antes do 25 de Abril, a Universidade vivia do formalismo, da rigidez programática, da impossibilidade de pôr em questão o saber oficial, a autoridade. Este ensino, conscientemente ou não, criava na sua maioria abanadores de cabeça.
Depois do 25 de Abril foi a desbunda completa. Com o apoio das forças políticas não interessadas em instaurar um regime democrático, foi um fartar vilanagem de passagens administrativas e de outros artifícios para obter cursos. Instaurou-se o sistema de que todos os que entram, saem doutores, mesmo aqueles que já lá vegetavam há anos.
A última metade da década de 70 pôs a instituição universitária numa desordem total, aliás como muitas outras do País. No entanto, numa época que é mais importante parecer do que ser, todos se arrogaram o direito de manter um tratamento de subserviência em relação a estes novos defensores do sistema, simplesmente reconfigurado na aparência.
Aceito que para Sócrates seja só uma questão de cortesia. Socialmente talvez ainda pudesse exigir mais, como o faz o Execrável. Mas impõe-se que se acabe com esta palhaçada, que corresponde a uma perspectiva estática e não progressiva. Não se pode aceitar o socialmente aceite, se provindo de uma sociedade que se quer transformar.
O mundo político está cheio de gente com cursos à base de passagens administrativas e de outros artifícios. Com culpa ou sem ela ostenta diplomas de cursos para os quais pouco terá contribuído. Não estará o Execrável disposto a mandar averiguar todas estas situações.
No entanto lá há um ou outro ramo com o seu prestígio. Porque o mantém, o revigorou mesmo ou porque ganhou realce e brilho em domínios novos. O certo é que à sombra de alguns desses ramos fluorescentes anda a imensa multidão dos imbecis, que para cúmulo são os mais convencidos, pretensiosos e vaidosos, sem terem sustentáculo visível para tanta bazófia.
Até uns tempos atrás o “doutor” que saía da Universidade só valia na medida em que era a garantia da preservação dos valores e da organização social instalada. Aqueles que não contribuíssem para isso eram marginalizados, impedidos de defender as suas ideias. Este efeito foi exacerbado pelas instâncias superiores do salazarismo, mas, para a nossa mais completa desgraça, era socialmente aceite.
A proliferação de “doutores”, que deixaram de poder ser todos pagos ou beneficiados pelo Estado, veio pôr a nú aquilo que já era do conhecimento de muitos: A maioria deles não vale nada.
O advento da Liberdade e a complexidade crescente do sistema social veio criar a necessidade de quem o desenvolva e não de quem o preserve. Tornou-se evidente que a Universidade, conservadora e defensiva, não foi capaz de se adaptar às suas novas responsabilidades.
Para agravar a situação qualitativa, criaram-se as Universidade privadas, essencialmente viradas para os cursos de papel e lápis, para as classes emergentes mas com menor qualidade ainda que o ensino do Estado.
Mas mesmo o ensino oficial passou momentos de uma absoluta agonia, incapaz de fazer a transição progressiva entre a ditadura e a liberdade. Antes do 25 de Abril, a Universidade vivia do formalismo, da rigidez programática, da impossibilidade de pôr em questão o saber oficial, a autoridade. Este ensino, conscientemente ou não, criava na sua maioria abanadores de cabeça.
Depois do 25 de Abril foi a desbunda completa. Com o apoio das forças políticas não interessadas em instaurar um regime democrático, foi um fartar vilanagem de passagens administrativas e de outros artifícios para obter cursos. Instaurou-se o sistema de que todos os que entram, saem doutores, mesmo aqueles que já lá vegetavam há anos.
A última metade da década de 70 pôs a instituição universitária numa desordem total, aliás como muitas outras do País. No entanto, numa época que é mais importante parecer do que ser, todos se arrogaram o direito de manter um tratamento de subserviência em relação a estes novos defensores do sistema, simplesmente reconfigurado na aparência.
Aceito que para Sócrates seja só uma questão de cortesia. Socialmente talvez ainda pudesse exigir mais, como o faz o Execrável. Mas impõe-se que se acabe com esta palhaçada, que corresponde a uma perspectiva estática e não progressiva. Não se pode aceitar o socialmente aceite, se provindo de uma sociedade que se quer transformar.
O mundo político está cheio de gente com cursos à base de passagens administrativas e de outros artifícios. Com culpa ou sem ela ostenta diplomas de cursos para os quais pouco terá contribuído. Não estará o Execrável disposto a mandar averiguar todas estas situações.
2 comentários:
VERGONHA!!!!!
"José Sócrates terá feito a cadeira de Inglês Técnico – uma das cinco que realizou na Universidade Independente para concluir a licenciatura em Engenharia Civil – através de um pequeno trabalho entregue numa folha A4, que fez chegar ao reitor acompanhado de um cartão do seu gabinete de secretário de Estado.
O cartão e a folha A4 foram encontrados no processo do aluno José Sócrates pela nova equipa que está à frente da Universidade Independente.
O SOL apurou que está previsto estes dois documentos serem apresentados durante a anunciada conferência de imprensa da nova direcção, com a indicação de que o dossiê escolar de Sócrates, nesta cadeira, não contém qualquer outro elemento de avaliação.
Um destes documentos é, então, um cartão de José Sócrates (subscrito enquanto secretário de Estado adjunto do ministro do Ambiente e que tem o timbre do seu gabinete), em que este escreveu, pelo seu punho: «Meu caro, como combinado aqui vai o texto para a minha cadeira de Inglês».
Agrafada a este cartão, está uma folha A4, com um pequeno texto em inglês, que corresponderá à resposta a menos de uma dezena de alíneas."
Esta, como a anterior direcção desta dita "Universidade", não me merece qualquer credibilidade.
Desconhece-se o que podia ter existido e teria desaparecido. Mas como a falta de credibilidade é a mesma em todos os aspectos, aí fica um buraco negro onde eu não meto a cabeça. O Execrável que a meta. Eu dou o benefício da dúvida.
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