O Governo quer dar à força uma qualificação às pessoas. A qualificação está certa para quem a merecer. O que está mal é o “à força”, o frenesim que leva o Governo a fazer todo o género de campanhas para solicitar a aderência das pessoas a uma iniciativa de cuja bondade a maioria não acreditará.
O Governo socorreu-se de quatro “bem aventurados”, cujo sucesso pretensamente se terá devido ao seu estudo no que convencionalmente se designa por ensino. Até por este lado as escolhas não são de modo algum acertadas. São pessoas que vivem muito do mediatismo das suas profissões, da sua iniciativa mais do que da sua formação de base, muitas vezes à margem do que aprenderam na escola.
Mas um problema maior se levanta. Estes “bem sucedidos”, que não têm qualquer problema em mostrar a cara, são colocados em contraponto com outros desgraçados, anónimos e envergonhados, que para sempre terão caído nas garras da ignorância e não têm qualquer possibilidade de subir na vida…
A não ser que uma miraculosa nova oportunidade lhes apareça, trazida por estes novos feiticeiros, guias espirituais de alguns fieis mas não necessariamente daqueles que eles desprezam, numa postura que, se é feita para uma campanha, não andará longe da realidade…O desprezo por aqueles que exercem profissões ditas menores é o efeito pretendido nesta encenação.
Muitos dos que exercem estas profissões, em especial aqueles que nasceram nas grandes cidades antes da década de sessenta, e mesmo os que nasceram em muitas terras deste País nas décadas de sessenta e setenta não tiveram qualquer hipótese de estudarem, não abandonaram o ensino como pretensamente se quer fazer crer.
Esta campanha é vergonhosa, porque se está a mentir quanto ao mérito das pessoas e porque se está a desprezar uma larga facha da sociedade que terá que continuar a exercer as profissões que falsamente se rejeitam.
Para que se saiba quem tão mal ganha este dinheiro é:
Um actor famoso Um contraponto anónimo
Maria Gambina Uma trabalhadora de lavandaria.
Carlos Queiroz Um trabalhador de limpeza dum estádio.
Judite de Sousa Uma empregada de biblioteca.
Pedro Abrunhosa Um arrumador de cinema.
Quem souber o caché de uns e outros é favor.
Quem souber o idiota que idealizou esta campanha agradece-se.
O Governo socorreu-se de quatro “bem aventurados”, cujo sucesso pretensamente se terá devido ao seu estudo no que convencionalmente se designa por ensino. Até por este lado as escolhas não são de modo algum acertadas. São pessoas que vivem muito do mediatismo das suas profissões, da sua iniciativa mais do que da sua formação de base, muitas vezes à margem do que aprenderam na escola.
Mas um problema maior se levanta. Estes “bem sucedidos”, que não têm qualquer problema em mostrar a cara, são colocados em contraponto com outros desgraçados, anónimos e envergonhados, que para sempre terão caído nas garras da ignorância e não têm qualquer possibilidade de subir na vida…
A não ser que uma miraculosa nova oportunidade lhes apareça, trazida por estes novos feiticeiros, guias espirituais de alguns fieis mas não necessariamente daqueles que eles desprezam, numa postura que, se é feita para uma campanha, não andará longe da realidade…O desprezo por aqueles que exercem profissões ditas menores é o efeito pretendido nesta encenação.
Muitos dos que exercem estas profissões, em especial aqueles que nasceram nas grandes cidades antes da década de sessenta, e mesmo os que nasceram em muitas terras deste País nas décadas de sessenta e setenta não tiveram qualquer hipótese de estudarem, não abandonaram o ensino como pretensamente se quer fazer crer.
Esta campanha é vergonhosa, porque se está a mentir quanto ao mérito das pessoas e porque se está a desprezar uma larga facha da sociedade que terá que continuar a exercer as profissões que falsamente se rejeitam.
Para que se saiba quem tão mal ganha este dinheiro é:
Um actor famoso Um contraponto anónimo
Maria Gambina Uma trabalhadora de lavandaria.
Carlos Queiroz Um trabalhador de limpeza dum estádio.
Judite de Sousa Uma empregada de biblioteca.
Pedro Abrunhosa Um arrumador de cinema.
Quem souber o caché de uns e outros é favor.
Quem souber o idiota que idealizou esta campanha agradece-se.
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