03 abril 2007

Ponte de Lima “Senhorial” “Poética” “Sonhadora”

Não concordo com todos os adjectivos que se atribuem a Ponte de Lima, mas, como parece evidente, não posso, nem devo concordar com tudo e devo aceitar outros argumentos. Foi com a adjectivação acima referida que Américo Carneiro apresentou uma exposição de pintura na Torre da Cadeia Velha que plenamente a justifica.
Sãos Óleos, Aguarelas, Desenhos que se distribuem pelos seus quatro andares, dando cor e plasticidade àquele espaço de pedra nua. Como também não posso ter a pretensão de perceber de tudo, realço a função artística, mas principalmente a função de reconstrução histórica que não pode viver só da prosa, mas necessita cada vez mais da imagem para ser compreensível.
Américo Carneiro sabe dessa carência de reconstrução dos espaços em que se desenrolou a vivência das anteriores gerações, que nós precisamos de conhecer melhor para melhor nos conhecermos.
Conjugando aquela necessidade com a Arte temos aqui nesta exposição um conjunto de trabalhos de alto valor que nos mostram aspectos já desaparecidos da nossa urbe e de uma beleza surpreendente.
Vejamos os Barqueiros do Lima, a Porta do Postigo e Torre de S. Paulo, o Poente Matinal, As Meninas do Arnado, o Largo do Chafariz, o Largo do Chafariz e Rua do Pinheiro, a Ponte e Porta dos Grilos e o Hospital de Nossa Senhora da Misericórdia e chegaria para justificar esta exposição.Mas até ao dia 15 de Abril suba aos andares de cima e vai descobrir outros pormenores da nossa Vila, das Casas das redondezas e demais pinturas de cariz alegórico, heráldico ou religioso. Não perde o seu tempo.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana