Os testamentos de Judas são uma tradição das mais vincadas no imaginário popular destas Terras do Alto Minho. Em Ponte de Lima quem, dos mais velhos, se não lembra do Guerrinha, sempre pronto a incluir nos seus testamentários alguém que fugisse um pouco àquilo que era tido por norma e que podia ser motivo de risota, quando se fossem ler as suas quadras.
Sofreu de processos judiciais, de esperas e coças da parte daqueles que não concordavam com a sua parte no testamento. Os maiores crápulas, os mais femeeiros e as suas vítimas, os mais falsos e mais devedores não precisavam naquele tempo das finanças ou doutros pasquins para verem, escarrapachados no testamento os seus feitos e as suas desonestidades.
Há terras, como a Correlhã, que em todos os cruzamentos de caminhos se monta o seu judas e se escreve o seu testamento para zupar nos vizinhos. Em Arcoselo é já célebre o Judas e o seu testamento no cruzamento da Igreja e também a Além da Ponte, se Judas não tem, não lhe falta testamento.
O testamento na Vila de Ponte de Lima foi recuperado pela delegação de turismo e vem sendo agora feito pelo grupo de teatro Unhas do Diabo. Mas diga-se em abono da verdade, que este Diabo tem fracas unhas, é demasiado subserviente em relação ao poder, não fosse por ele pago.
O testamento deixou de ser nosso, irreverente, criativo, local, tanta coisa havia de que se falar, e, por ser institucional perdeu aquela característica de crítica de costumes, de comportamentos, de vidas.
Deixem à criatividade popular aquilo que só com esta faz sentido. Acabem com este Judas cobardolas, que para cúmulo da “desgraça”, até dele fizeram mulher. Será que têm alguma coisa contra elas?
Não haverá em Ponte de Lima um homem que aguente melhor?
Sofreu de processos judiciais, de esperas e coças da parte daqueles que não concordavam com a sua parte no testamento. Os maiores crápulas, os mais femeeiros e as suas vítimas, os mais falsos e mais devedores não precisavam naquele tempo das finanças ou doutros pasquins para verem, escarrapachados no testamento os seus feitos e as suas desonestidades.
Há terras, como a Correlhã, que em todos os cruzamentos de caminhos se monta o seu judas e se escreve o seu testamento para zupar nos vizinhos. Em Arcoselo é já célebre o Judas e o seu testamento no cruzamento da Igreja e também a Além da Ponte, se Judas não tem, não lhe falta testamento.
O testamento na Vila de Ponte de Lima foi recuperado pela delegação de turismo e vem sendo agora feito pelo grupo de teatro Unhas do Diabo. Mas diga-se em abono da verdade, que este Diabo tem fracas unhas, é demasiado subserviente em relação ao poder, não fosse por ele pago.
O testamento deixou de ser nosso, irreverente, criativo, local, tanta coisa havia de que se falar, e, por ser institucional perdeu aquela característica de crítica de costumes, de comportamentos, de vidas.
Deixem à criatividade popular aquilo que só com esta faz sentido. Acabem com este Judas cobardolas, que para cúmulo da “desgraça”, até dele fizeram mulher. Será que têm alguma coisa contra elas?
Não haverá em Ponte de Lima um homem que aguente melhor?
2 comentários:
Meu Caro Amigo,
O testamento do Judas da Vila de Ponte de Lima não é pensado, nem tão pouco escrito pelo grupo de Teatro Unhas do Diabo. Ao "Unhas" apenas é pedida uma performance de dramatização para esse mesmo testamento, a fonte do testamento que tanto critica é anónima até para o próprio unhas.
Fica este comentário no sentido de esclarecer aquilo que afirma no seu blog.
Cumprimentos,
Hugo Palma (membro do "UNHAS")
Esse paradigma do paupérrimo servilismo local é obra de um manga de alpaca,lacaio, pretenso intelectual de pacotilha da nossa praça e de uma, já habitual, masturbação babúsica-parola do seu mandante.
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