08 novembro 2009

As sociedades secretas e a ética empresarial

Sobressaem neste processo sucateiro as empresas que já foram ou são ainda do sector empresarial do Estado. Recriadas, reorganizadas essas empresas são geridas por políticos do pós 25 de Abril ou pelos descendentes e colaboradores dos antigos patrões do antes 25 de Abril, devidamente reciclados e reintroduzidos na nata da gestão.
Não será só culpa deles porque o desafio liberal existente neste País e no mundo em geral espatifou toda a ética empresarial. Se havia alguma reserva que subsistissem do antes da queda do Muro de Berlim, estes vinte anos passados já tudo fizeram desvanecer. Neste fartar vilanagem vale tudo, além das mãos na gaveta são as pequenas e grandes “ofertas” para juntar ao pecúlio. Quem vende a alma também vende uns simples actos de compadrio, de favorecimento, de suborno. O preço é irrelevante.
Estes gestores formam um clube fechado em que competem e colaboram sociedades secretas tipo Opus Dei e Maçonaria e Partidos e outras Associações que protegem, apoiam e fortalecem os laços de amizades interesseiras e leais para eles, mas desleais em relação a toda a sociedade. As sociedades secretas minam ainda o Ensino, a Magistratura, a Advocacia, todos os sectores importantes. E onde estiver um membro está toda a companhia.
Não serão a fonte de todos os males mas contribuem com o seu carácter para que não haja a devida punição dos seus membros e levam ainda a que em paralelo outros sejam beneficiados. Não duvido que essas sociedades secretas não estão a desempenhar a sua função estatutária. Os seus membros deveriam pensar melhor em relação a quem são solidários e não tentaram colocar o Estado e as empresas do capital accionista apátrida ou sem referências a trabalhar para si.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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