01 março 2009

A oportunidade da denúncia de parasitagem política

Na política o tempo é decisivo. Não basta ter razão, é mesmo nefasto ter razão antes do tempo. Principalmente porque enunciar uma verdade fora de tempo dá um trabalho imenso para obter resultados duvidosos. Enunciar na altura própria, quando as evidências são suficientes para dispensar extensas explicações, é condição necessária para a eficácia política.
Chamar de parasita ao BE, como António Costa o fez, seria impensável há uns tempos, se ele não tivesse a experiência do seu vereador Sá Fernandes. António Costa limitou-se a enunciar uma verdade que a realidade tornou evidente, quando a parasitagem política atingiu uma dimensão nunca vista e pondo em causa a governabilidade do País.
Os partidos da oposição não têm em Portugal um discurso que se coadune com as responsabilidades que podem advir de uma participação na governança do País. Minar o poder sem avaliar as consequências passou a ser um processo político adoptado por todas as oposições, inclusive por esses inacreditáveis sociais-democratas. Mas com estes não vale a pena perder tempo.
O Partido Socialista tem que desfazer o novelo que constitui o BE, representante já de uma ideologia intragável, de uma ânsia de poder perigosa que dá origem a episódios como o de Sá Fernandes e Joana Amaral Dias. A sua atitude derrotista, terrorista, de parasita político tinha que ser denunciada e esta denúncia não podia vir em melhor altura.
Esclarecer a razoabilidade das razões de queixa da esquerda é contribuir para captar votos, não só para favorecer o PS, mas acima de tudo para assegurar a governabilidade deste País que não pode ser entregue a parasitas, digam-se eles de direita ou de esquerda.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana