11 março 2009

Se pensamos que nos safamos num pequeno bote estamos enganados

Há imensa gente a ter medo do futuro mas também há demasiada gente despreocupada, como se o futuro não pudesse trazer problemas e principalmente como se não fosse necessário atacar desde já a possível génese e desenvolvimento de alguns. A atitude mais séria que podemos tomar é nesta confluência de alerta, prevenção e acção positiva.
A atitude fácil de oposição ao progresso, como se fosse possível criar uma ilha imune às suas consequências, não nos ajuda a resolver os problemas. No entanto esse é o pensamento de Daniel Campelo que justifica a em Ponte de Lima aparente falta de problemas derivados da crise com o não embarque na industrialização desenfreada, a qualquer custo.
Primeiro não é verdade que os problemas não tenham surgido, amortecidos embora pelo nosso sistema social, público e familiar. Depois não é sustentável que nos esqueçamos da realidade e continuemos a apostar em manter vivas as manifestações folclóricas, como se estas só por si nos garantissem o pão do futuro.
Acima de tudo não podemos viver o futuro com as certezas do passado. Estas valem o que valem, mas não está garantido que valham para o futuro. Há na economia um efeito de irreversibilidade, as coisas nunca mais voltarão a ser as mesmas, que nos deve obrigar a pensar o nosso problema numa perspectiva global.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana