09 março 2009

Levemos a sério as eleições europeias

O Ministro das Finanças disse que ia bater o pé, caso não fosse aceite pela Comunidade Europeia o IVA a 5% para a passagem nas pontes sobre o Tejo. Efectivamente não está em causa qualquer concorrência para que nos seja imposto uma qualquer outra taxa em vigor na Comunidade.
Temerosamente Portugal começa a bater o pé aos grandes da Europa, que se reúnem a seu belo prazer para tomar decisões que afectam a todos. Além do mais os grandes vêm pôr em causa a dispensa do princípio da unanimidade que a revisão do tratado impõe para a tomada de muitas decisões que comprometem o futuro de todos.
A direita europeia está num beco sem saída e entretêm-se a simular pequenas soluções para tão grave problema que é a crise de emprego que afecta a Europa. Lembre-se que ainda há pouco o parlamento Europeu chumbou uma proposta do Sr. Barroso par que fosse autorizada a prática de 72 horas semanais de trabalho, quando o que é necessário é distribuir por todos as necessidades de trabalho existentes.
Com esta direita no poder na Europa, a capacidade de adoptar políticas de esquerda a nível nacional é perfeitamente impossível. Por isso as próximas eleições europeias são mais importantes do que as eleições nacionais. Só com a derrota da direita a nível europeu é possível mandar embora o Barroso e colocar no poder uma Comissão mais eficaz, com outras soluções.
Infelizmente ninguém parece estar interessado em discutir a transferência de soberania já feita e a fazer e as suas implicações nas nossas vidas. Na minha perspectiva é que, sendo lá, na Comissão, no Conselho Europeu e no Parlamento europeu, que reside já muita da nossa soberania, é necessário provar isso às pessoas para que elas levam a sério as próximas eleições europeias.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana