04 março 2009

Que fantasma persegue Salvato Trigo?

Em Ponte de Lima é de bom-tom bater nos políticos. Um dos motivos será comum a todo o País: Salazar usou e abusou dessa condenação genérica, atribuindo todos os males da Pátria aos políticos da 1ª. República. Salazar, bem seguro no poder, atribuiu aos políticos os piores propósitos divisionistas perante aqueles que à sua volta se uniam formando um núcleo que conteria tudo aquilo que era de mais puro, o que era puro engano.
Em Ponte de Lima houve, na opinião de alguns, da parte de Daniel Campelo um propósito igual que outros, mais do que ele próprio, efectivamente alimentaram. Não é a maioria que incomoda, é o unanimismo, a defesa de uma teoria anti-política, anti-divergência, anti-crítica só porque criticar a crítica é um exercício de pouco dispêndio intelectual e de proveito evidente.
Por isso quando há um acontecimento de certa relevância na pasmaceira limiana a Câmara recorre a um orador bem enquadrado nesta temática que, em vez de dar vida às águas paradas, se propõem sempre esbracejar contra quem supostamente nelas quer mexer. Tem o mérito de deixar a audiência unanimemente embasbacada.
Este orador permanece fiel a certas ideias estáticas, só tem evoluído numa coisa: Na forma como identifica os energúmenos que são os supostos causadores de todos os males. Dantes eram os críticos de taverna, a começar decerto pelos que frequentavam a tasca do seu pai, onde terá bebido os primeiros tragos de maledicência gratuita.
Agora fala dos críticos de café, gente de certo mais fina que se presume ser a que transita pela Havanesa e redondezas. De futuro serão os críticos da blogosfera, decerto. Será que ainda não chegou a esse mundo, bastante mais sórdido, mais cobarde e mais imundo?
Se não se refere a ninguém em particular, mas tão só ao espírito do lugar, esconjure os seus fantasmas e fale abertamente das suas razões e da razão de tanto engulho que não lhe dá liberdade para falar abertamente de ideias e pensamentos mais nobres e construtivos.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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O mais perfeito retrato da solidão humana