Veio à baila estes dias uma expressão usada por Paulo Portas e que o nazismo colocou à entrada de um campo de libertação, com o intuito decerto de fazer humor negro: “O trabalho liberta”.
Não seria intencional mas não será uma reminiscência vinda directamente dos manuais do nazismo mas é reveladora da proximidade de pensamento, que não estarão longe ao usar uma mesma alegoria.
O homem, para sobreviver, para se movimentar e dominar os outros seres, para controlar na medida do possível a sua existência, teve que trabalhar. O trabalho tem este e tão só este carácter de necessidade.
É a manifestação da vontade de o homem dar continuidade a uma existência que muitas vezes até carece de sentido. É da mais pura indignidade obrigar os homens a trabalhar só por trabalhar.
Sem descurar a obrigação de contribuirmos com trabalho para a manutenção e o aperfeiçoamento do tecido social, o que pode ser visto como um imperativo ético, tem que haver outras razões para dar sentido à existência.
Até porque, se cada um de nós não tiver um rumo definido, corre o risco de cair no questionamento desta civilização, o que pode ser filosoficamente correcto, mas realisticamente inglório e existencialmente frustrante.
Façamos do trabalho aquilo que efectivamente é, algo que satisfaz pelos rendimentos que proporciona, pela independência que nos pode trazer, que, seja qual for o fim que se pretende atingir, pode ser mais ou menos agradável de praticar, mas não é um fim em si mesmo.
Exercendo-se por necessidade ou não, o certo é que devemos executar as funções a que nos comprometemos com a máxima lealdade para com a entidade para a qual as prestamos.
Se quem trabalha o faz com alegria, porque o consegue enquadrar melhor na sua vida, porque consegue gerir convenientemente o seu próprio tempo, incluindo o tempo que dedica a essa rotina tanto melhor.
Se quem trabalha adquire mais auto-estima por não estar à espera de usufruir de bens sem contribuir directa ou indirectamente para a sua concepção, fabrico ou manutenção, tanto melhor para si. É sinal de que o trabalho compensa.
Não seria intencional mas não será uma reminiscência vinda directamente dos manuais do nazismo mas é reveladora da proximidade de pensamento, que não estarão longe ao usar uma mesma alegoria.
O homem, para sobreviver, para se movimentar e dominar os outros seres, para controlar na medida do possível a sua existência, teve que trabalhar. O trabalho tem este e tão só este carácter de necessidade.
É a manifestação da vontade de o homem dar continuidade a uma existência que muitas vezes até carece de sentido. É da mais pura indignidade obrigar os homens a trabalhar só por trabalhar.
Sem descurar a obrigação de contribuirmos com trabalho para a manutenção e o aperfeiçoamento do tecido social, o que pode ser visto como um imperativo ético, tem que haver outras razões para dar sentido à existência.
Até porque, se cada um de nós não tiver um rumo definido, corre o risco de cair no questionamento desta civilização, o que pode ser filosoficamente correcto, mas realisticamente inglório e existencialmente frustrante.
Façamos do trabalho aquilo que efectivamente é, algo que satisfaz pelos rendimentos que proporciona, pela independência que nos pode trazer, que, seja qual for o fim que se pretende atingir, pode ser mais ou menos agradável de praticar, mas não é um fim em si mesmo.
Exercendo-se por necessidade ou não, o certo é que devemos executar as funções a que nos comprometemos com a máxima lealdade para com a entidade para a qual as prestamos.
Se quem trabalha o faz com alegria, porque o consegue enquadrar melhor na sua vida, porque consegue gerir convenientemente o seu próprio tempo, incluindo o tempo que dedica a essa rotina tanto melhor.
Se quem trabalha adquire mais auto-estima por não estar à espera de usufruir de bens sem contribuir directa ou indirectamente para a sua concepção, fabrico ou manutenção, tanto melhor para si. É sinal de que o trabalho compensa.
2 comentários:
Paulo Portas é líder do CDS. O partido nazi era nacional socialista. O CDS não tem a palavra socialismo na sua sigla pois não?
As preocupações sociais são hoje de todos, ou quase. Mas ninguém consegue ver naquela frase sequer um apelo ao trabalho e à colaboração de todos para o bem social.`Pode ser uma tirada filosófica e aí teria algum cabimento. Mas com o passado da frase e até porque P.P. será político mas de filósofo não tem nada, seria de a evitar. Tem ressonâncias indesejáveis.
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