O discurso sobre a história fica normalmente agarrado à realidade actual. Esta visão não permite o encontro de explicações e justificações para as mudanças operadas no passado.
Se dermos à história um sentido tendencial, que não determinístico, mas que admite retrocessos e avanços, só nas fases de retrocesso nós poderemos fazer a explanação clara, objectiva e significativa dos factos que levaram de uma existência (um estádio superior) a uma ausência (estádio inferior).
Contrariamente, numa fase evolutiva não temos forma de, utilizando o mesmo método, chegar a conclusões sobre o alcance e a natureza das transformações operadas no passado que tenham constituído uma avanço significativo, em termos civilizacionais.
Passar da ausência à existência não é compreensível para quem não viveu a primeira e até para quem a viveu sem sentimentos claros de rejeição desse passado. Também a simples emotividade vivida pela ocorrência de um acontecimento marcante não é suficiente para a sua compreensão.
È isto que se passa em Portugal em relação ao 25 de Abril e que explica a “ignorância” das novas gerações, e mesmo da geração que o viveu, em relação aos méritos desse momento decisivo que permitiu todas as transformações que se operaram depois.
Antes houve ausência, ausência de quase tudo, até de sentimentos profundos de repulsa por uma situação desprezível e de expectativas consistentes em relação a um futuro perfeitamente não expectável.
Hoje há existência, existência de quase tudo, até de sentimentos profundos de ingratidão em relação a uma situação de algum modo satisfatória e de expectativas exageradas em relação a um futuro de que se não aceita ser menos que o céu nesta terra, que corre o risco de nos morrer nas mãos.
Claro que as evoluções não são lineares. Cabe-nos identificar aquilo que correu mal, aquilo que podia correr melhor, tentar controlar alguns dos efeitos mais perversos, apelar a mais solidariedade, a mais homogeneidade social, a mais dignidade da pessoa humana.
Se dermos à história um sentido tendencial, que não determinístico, mas que admite retrocessos e avanços, só nas fases de retrocesso nós poderemos fazer a explanação clara, objectiva e significativa dos factos que levaram de uma existência (um estádio superior) a uma ausência (estádio inferior).
Contrariamente, numa fase evolutiva não temos forma de, utilizando o mesmo método, chegar a conclusões sobre o alcance e a natureza das transformações operadas no passado que tenham constituído uma avanço significativo, em termos civilizacionais.
Passar da ausência à existência não é compreensível para quem não viveu a primeira e até para quem a viveu sem sentimentos claros de rejeição desse passado. Também a simples emotividade vivida pela ocorrência de um acontecimento marcante não é suficiente para a sua compreensão.
È isto que se passa em Portugal em relação ao 25 de Abril e que explica a “ignorância” das novas gerações, e mesmo da geração que o viveu, em relação aos méritos desse momento decisivo que permitiu todas as transformações que se operaram depois.
Antes houve ausência, ausência de quase tudo, até de sentimentos profundos de repulsa por uma situação desprezível e de expectativas consistentes em relação a um futuro perfeitamente não expectável.
Hoje há existência, existência de quase tudo, até de sentimentos profundos de ingratidão em relação a uma situação de algum modo satisfatória e de expectativas exageradas em relação a um futuro de que se não aceita ser menos que o céu nesta terra, que corre o risco de nos morrer nas mãos.
Claro que as evoluções não são lineares. Cabe-nos identificar aquilo que correu mal, aquilo que podia correr melhor, tentar controlar alguns dos efeitos mais perversos, apelar a mais solidariedade, a mais homogeneidade social, a mais dignidade da pessoa humana.
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