Os que não querem trabalho clamam, para afugentar a tristeza que lhes vai na alma, por uma figura carismática ao Norte, uma voz, um trombone por aí, que se imponha a cépticos e convencidos. Ninguém se preocupa pelos líderes de outras regiões, eles que se amanhem.
Julgávamos que esta questão da identificação de um grupo tão vasto e heterogéneo de portugueses com uma personalidade, ou com um grupo, se faria pelo empenho e pelo trabalho desenvolvido por este(s) e por ter(em) manifestado ideias claras sobre a questão política em apreço.
A não ser os nossos antagonistas no espaço, os algarvios, ninguém tem sequer ideia para onde há-de cair, se é que quer cair para algum lado, ou se antes quer, como aqueles, uma capelinha só para si. A solidariedade nacional impor-nos-ia que fossemos leais para todos e que eles se pronunciem também.
Com os nortenhos a lamentarem assim tão alto esta falta de liderança, correr-se-á o risco de criarem uma correria louca a umas hormonas que façam engrossar a voz. Porque a maioria já sabe que isto de liderança é muito mais que um dom divino.
Hoje sabe-se que a capacidade de liderança, que não seja prepotência e obstinação, é cada vez menos fruto da improvisação, mas do estudo, da experiência, do labor e do receber e dar colaboração a quem tenha ensinamentos e sensibilidades diversas.
Quando há muito se anunciou a falência dos modelos de liderança GDL (Gomes, Pintos & Loureiros), serôdios e já plenamente ultrapassados, é necessário que não se venha a cair no erro de querer impor líderes artificiais, que não tenham a preparação adequada à função.
Só porque alguém se destaca na música ou na gestão de lojas dos trezentos, logo há quem descubra um líder regional. Estas transferências que, pelo que se vê, parecem fáceis, de gestores de papel para gestores de cervejas ou de automóveis, só podem ser a excepção e não a regra.
Um gestor da bola, turístico ou imobiliário não é transferível, que o carisma adquirido nesse cargo não é coisa que se transmute facilmente. Igualmente será imperdoável esquecer que há perfis colectores e perfis gastadores, o que faz com que a maioria dos autarcas e advogados falhem quando sobem a ministros.
Também há que ter em conta que dizer uma generalidades, mesmo que harmoniosas ao ouvido, tem o seu lugar, mas não transforma ninguém em candidato a líder de coisa alguma.
Seria bom, mas não é talvez realizável, que não fossem os partidos a dar a cartilha e a indicar os líderes regionais. Seria bom que, mesmo entre as hostes partidárias, surgisse quem não estivesse à espera do desenvolvimento “normal” da sua carreira política, para alvejar alcandorar-se a líder regional.
Seria “normal” que qualquer político encartado tivesse ideias claras sobre a regionalização e não agisse só em termos de agendamento político, de empolar ou não a agenda dos outros, de pesar a dádiva para “peditórios” que podem ou não dar origem a festa.
Os partidos não gostam de voluntarismos, de franco atiradores e torcem o nariz a causas “perdidas”. Embora quase todos eles tenham esta questão em agenda, não colocaram ainda as suas secretarias a trabalhar para isso e pedem contenção aos seus membros.
Infelizmente muitas vezes os políticos actuam por reacção, mas também é assim que normalmente o eleitorado se comporta. Os governos, os autarcas, toda gente que perde não é porque a oposição ganhe. Poucos votam por convicção, muitos votam pelo mal menor.
É por isso que os referendos nunca são apelativos. No caso da regionalização a manterem-se estes padrões de comportamento, a vitória só será possível se o eleitorado se convencer que o mal menor está nas regiões, o que nas actuais circunstancias é difícil.
Com os vozeirões que há por aí, com a equipe GPL, não se vai lá. Em vez de males menores teremos males maiores. São necessárias vozes serenas, avisadas e livres. Não se queira dar já um equipamento, um hino, uma bandeira. Não façamos da regionalização um reino da bola.
Julgávamos que esta questão da identificação de um grupo tão vasto e heterogéneo de portugueses com uma personalidade, ou com um grupo, se faria pelo empenho e pelo trabalho desenvolvido por este(s) e por ter(em) manifestado ideias claras sobre a questão política em apreço.
A não ser os nossos antagonistas no espaço, os algarvios, ninguém tem sequer ideia para onde há-de cair, se é que quer cair para algum lado, ou se antes quer, como aqueles, uma capelinha só para si. A solidariedade nacional impor-nos-ia que fossemos leais para todos e que eles se pronunciem também.
Com os nortenhos a lamentarem assim tão alto esta falta de liderança, correr-se-á o risco de criarem uma correria louca a umas hormonas que façam engrossar a voz. Porque a maioria já sabe que isto de liderança é muito mais que um dom divino.
Hoje sabe-se que a capacidade de liderança, que não seja prepotência e obstinação, é cada vez menos fruto da improvisação, mas do estudo, da experiência, do labor e do receber e dar colaboração a quem tenha ensinamentos e sensibilidades diversas.
Quando há muito se anunciou a falência dos modelos de liderança GDL (Gomes, Pintos & Loureiros), serôdios e já plenamente ultrapassados, é necessário que não se venha a cair no erro de querer impor líderes artificiais, que não tenham a preparação adequada à função.
Só porque alguém se destaca na música ou na gestão de lojas dos trezentos, logo há quem descubra um líder regional. Estas transferências que, pelo que se vê, parecem fáceis, de gestores de papel para gestores de cervejas ou de automóveis, só podem ser a excepção e não a regra.
Um gestor da bola, turístico ou imobiliário não é transferível, que o carisma adquirido nesse cargo não é coisa que se transmute facilmente. Igualmente será imperdoável esquecer que há perfis colectores e perfis gastadores, o que faz com que a maioria dos autarcas e advogados falhem quando sobem a ministros.
Também há que ter em conta que dizer uma generalidades, mesmo que harmoniosas ao ouvido, tem o seu lugar, mas não transforma ninguém em candidato a líder de coisa alguma.
Seria bom, mas não é talvez realizável, que não fossem os partidos a dar a cartilha e a indicar os líderes regionais. Seria bom que, mesmo entre as hostes partidárias, surgisse quem não estivesse à espera do desenvolvimento “normal” da sua carreira política, para alvejar alcandorar-se a líder regional.
Seria “normal” que qualquer político encartado tivesse ideias claras sobre a regionalização e não agisse só em termos de agendamento político, de empolar ou não a agenda dos outros, de pesar a dádiva para “peditórios” que podem ou não dar origem a festa.
Os partidos não gostam de voluntarismos, de franco atiradores e torcem o nariz a causas “perdidas”. Embora quase todos eles tenham esta questão em agenda, não colocaram ainda as suas secretarias a trabalhar para isso e pedem contenção aos seus membros.
Infelizmente muitas vezes os políticos actuam por reacção, mas também é assim que normalmente o eleitorado se comporta. Os governos, os autarcas, toda gente que perde não é porque a oposição ganhe. Poucos votam por convicção, muitos votam pelo mal menor.
É por isso que os referendos nunca são apelativos. No caso da regionalização a manterem-se estes padrões de comportamento, a vitória só será possível se o eleitorado se convencer que o mal menor está nas regiões, o que nas actuais circunstancias é difícil.
Com os vozeirões que há por aí, com a equipe GPL, não se vai lá. Em vez de males menores teremos males maiores. São necessárias vozes serenas, avisadas e livres. Não se queira dar já um equipamento, um hino, uma bandeira. Não façamos da regionalização um reino da bola.
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