Inevitavelmente estaremos dentro em pouco a falar da política nacional. As eleições deixaram-nos à mercê de tentativas de afirmação de política à esquerda e à direita que os respectivos partidos acharão imprescindíveis.
À direita o CDS quer crescer mais de modo a que numa futura coligação à direita consiga exercer a influência que não tem obtido. O PSD quer crescer para suplantar o PS e demarcar-se suficientemente do CDS para numa futura coligação não ficar dependente duma afirmação excessiva deste.
À esquerda o PC manter-se-á inflexível na sua tese de que é necessário haver uma mudança global de política. O PC defende-se assim da obrigação de fazer compromissos. Mantém uma pretensa pureza ideológica que qualquer intervenção prática comprometeria. Não cuida de que, para manter a capacidade actual de intervenção social, tenha tido de exercer uma acção ziguezagueante, apoiando indiferentemente tudo que é contestação.
Também à esquerda o BE, mais frágil, com uma capacidade de intervenção mais variada mas menos firme, com menos dependência da velha ideologia e de referência anteriores mas campeão das questões novas e fracturantes, não vai querer deixar este caminho que tantos proveitos lhe tem dado. Maugrado o aviso das autárquicas, nas quais não tem pessoal politico para enquadrar os seus argumentos, não vai querer assumir responsabilidades, seja, pagar ao povo o que este lhe emprestou.
Os primeiros vinte anos na Comunidade Europeia iam fazendo esquecer que havia direita e esquerda, criou uma realidade complexa em que as questões analisadas por um prisma de justiça social não correspondem à velha análise pelo posicionamento político.
Os partidos ainda se não adaptaram à nova divisão social e tem de optar entre a confusão, o cruzamento de apoios que têm usado neste últimos anos ou uma clarificação e uma nova demarcação de campos entre direita e esquerda.
À direita o CDS quer crescer mais de modo a que numa futura coligação à direita consiga exercer a influência que não tem obtido. O PSD quer crescer para suplantar o PS e demarcar-se suficientemente do CDS para numa futura coligação não ficar dependente duma afirmação excessiva deste.
À esquerda o PC manter-se-á inflexível na sua tese de que é necessário haver uma mudança global de política. O PC defende-se assim da obrigação de fazer compromissos. Mantém uma pretensa pureza ideológica que qualquer intervenção prática comprometeria. Não cuida de que, para manter a capacidade actual de intervenção social, tenha tido de exercer uma acção ziguezagueante, apoiando indiferentemente tudo que é contestação.
Também à esquerda o BE, mais frágil, com uma capacidade de intervenção mais variada mas menos firme, com menos dependência da velha ideologia e de referência anteriores mas campeão das questões novas e fracturantes, não vai querer deixar este caminho que tantos proveitos lhe tem dado. Maugrado o aviso das autárquicas, nas quais não tem pessoal politico para enquadrar os seus argumentos, não vai querer assumir responsabilidades, seja, pagar ao povo o que este lhe emprestou.
Os primeiros vinte anos na Comunidade Europeia iam fazendo esquecer que havia direita e esquerda, criou uma realidade complexa em que as questões analisadas por um prisma de justiça social não correspondem à velha análise pelo posicionamento político.
Os partidos ainda se não adaptaram à nova divisão social e tem de optar entre a confusão, o cruzamento de apoios que têm usado neste últimos anos ou uma clarificação e uma nova demarcação de campos entre direita e esquerda.
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