O CDS está a gastar nas eleições autárquicas de Ponte de Lima rios de dinheiro. Não é para publicitar o candidato que ele é vereador há oito anos e é bem conhecido. Não é para publicitar as suas ideias porque elas se resumem à promessa de continuar no rumo certo sem especificar qual é, que ultimamente Daniel Campelo se encarregou de tornar sinuoso.
O cabeça de lista é possivelmente mais simpático que Daniel Campelo, menos marcado pelas lutas políticas e pelas contrariedades da vida. Como rosto, de tão inexpressivo, é mais enigmático, de leitura mais difícil pela ambiguidade, é má técnica expô-lo à curiosidade alheia não apostando na sua idiossincrasia.
As ideias são seguidista mas falta saber verdadeiramente de quê. Vítor Mendes não assume claramente a herança porque sabe que, mesmo ganhando, Daniel Campelo pode voltar. Vítor Mendes não assume o deslumbramento de Daniel Campelo porque está na posição ambígua de herdeiro/substituo temporário, de alguém a quem é exigido que ganhe, não estrague a efígie de Campelo, não a procure ensombrar, não vá ele próprio ganhar asas para voos autónomos.
Mesmo assim reconheçamos que os cartazes são sérios neste aspecto, mas não está garantido que o sejam noutro. É que o rumo definido por Campelo será um rumo só dele conhecido. Ele já se podia dar ao luxo de ser assim. Umas fugas, umas veleidades, pouco CDS, o quanto baste, algumas certezas reconheça-se que sendo contraditórias para o seu campo político são por ele aceites com afinco.
Também assumir parte da herança e desdenhar da outra pode ser problemático. Vítor Mendes também não vai trabalhar, se ganhar, para se apagar e há-de reclamar algo do trabalho feito e algo de diferente no trabalho a fazer. O rumo jamais será o mesmo até porque Vítor Mendes cederá mais a pressões externas.
Se Vítor Mendes ganha e der continuidade à estatuária, às intervenções arbitrárias no leito do rio, na Zona Histórica, se mantiver o desprezo pelas aldeias, sem tentar desenvolver uns quatro ou cinco pequenos centros urbanos estamos mal e cada vez mais tramados. Se colaborar com o Governo na educação, na reorganização administrativa, na valorização das pessoas andará no rumo certo. O rumo de Campelo tem muito de incerto.
O cabeça de lista é possivelmente mais simpático que Daniel Campelo, menos marcado pelas lutas políticas e pelas contrariedades da vida. Como rosto, de tão inexpressivo, é mais enigmático, de leitura mais difícil pela ambiguidade, é má técnica expô-lo à curiosidade alheia não apostando na sua idiossincrasia.
As ideias são seguidista mas falta saber verdadeiramente de quê. Vítor Mendes não assume claramente a herança porque sabe que, mesmo ganhando, Daniel Campelo pode voltar. Vítor Mendes não assume o deslumbramento de Daniel Campelo porque está na posição ambígua de herdeiro/substituo temporário, de alguém a quem é exigido que ganhe, não estrague a efígie de Campelo, não a procure ensombrar, não vá ele próprio ganhar asas para voos autónomos.
Mesmo assim reconheçamos que os cartazes são sérios neste aspecto, mas não está garantido que o sejam noutro. É que o rumo definido por Campelo será um rumo só dele conhecido. Ele já se podia dar ao luxo de ser assim. Umas fugas, umas veleidades, pouco CDS, o quanto baste, algumas certezas reconheça-se que sendo contraditórias para o seu campo político são por ele aceites com afinco.
Também assumir parte da herança e desdenhar da outra pode ser problemático. Vítor Mendes também não vai trabalhar, se ganhar, para se apagar e há-de reclamar algo do trabalho feito e algo de diferente no trabalho a fazer. O rumo jamais será o mesmo até porque Vítor Mendes cederá mais a pressões externas.
Se Vítor Mendes ganha e der continuidade à estatuária, às intervenções arbitrárias no leito do rio, na Zona Histórica, se mantiver o desprezo pelas aldeias, sem tentar desenvolver uns quatro ou cinco pequenos centros urbanos estamos mal e cada vez mais tramados. Se colaborar com o Governo na educação, na reorganização administrativa, na valorização das pessoas andará no rumo certo. O rumo de Campelo tem muito de incerto.
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