21 janeiro 2010

O que podemos esperar de Obama

Obama foi a esperança de uma nação e do mundo. A condução de um super potência, envolvida em múltiplos conflitos e chamada a intervir em praticamente todo o mundo, mas também com graves problemas internos é uma tarefa grandiosa e complexa. Uma inversão tão drástica como a proposta por Obama trouxe tantas implicações, colocou tantas forças de direita em alerta, que a sua tarefa tem sido obstaculizada ao máximo, mas também seria sempre de grande dificuldade.
Há que continuar a ter esperança. Em primeiro lugar porque a desesperança não nos leva agora a lado nenhum. Em segundo lugar porque colocar a questão num ponto de criticismo tão elevado só revelaria uma ignorância nossa, insuportável e cínica. Nestas situações é normal ser a direita a colocar as pessoas a criticar quem propôs uma politica claramente oposta á sua e esta não tem êxito imediato. Antes de haver tempo para esse êxito há que destruir logo as expectativas das pessoas, é a teoria da direita.
Obama merece ter êxito e acima de tudo merece o nosso mais franco e reforçado apoio. No entanto nos Estados Unidos é prática comum esta politica de sinais que extravasam em muito aquilo que seria sensato. Eleger um Senador republicano num Estado democrata há décadas foge em muito à nossa capacidade de entendimento. Se os americanos querem dar um sinal, para nós fazem um clarão que só reforça na nossa mente a necessidade de derrotar a direita americana, um dos grandes obstáculos à paz mundial.
De Obama esperamos que se mantenha no rumo traçado. Os percalços são normais, mas exige-se têmpera para os vender. Se nem todos os objectivos forem vencidos, restar-nos-á decerto prosseguir em próximos mandatos a defesa do seu património moral e a busca dessa paz de que, infelizmente, custa vislumbrar um começo seguro.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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