Os nossos políticos estão em permanente debate. E aqueles que não entram nesses debates é como se não existissem. Por isso arranjam-se debates e simulacros de debate, não para debater seriamente, mas para expor a suposta eloquência dos seus participantes, devidamente seleccionados para garantir a pretensa qualidade do espectáculo.
No cimo dos debates temos os que ocorrem quinzenalmente na Assembleia da Republica. Mas na realidade não se trata de debates, mas sim de ataques desconexos, perguntas falaciosas, respostas evasivas. O objectivo é a face de cada um e não a discussões séria de questões concretas. A oposição faz um varrimento absoluto sobre as realizações do governo e este fica com pouco campo de manobra para se defender. Resta-lhe atacar.
No entanto as coisas vão mudar. A estratégia concertada, de modo informal é certo, na anterior legislatura pelos partidos de oposição ainda se mantém válida, até que se esgote o arsenal das ditas propostas eleitorais em que, no afã do bota-abaixo, tinham convergido. Acabadas estas propostas, vai ser necessário elaborar outras mais sérias, mais consistentes, porque será dramático para cada um dos partidos da oposição se elas não tiverem o aval dos outros colegas de oposição.
Já não vai ser mais possível utilizar fogo disperso, há que adoptar medidas precisas, com um objectivo claramente definido. Cada medida proposta tem benefícios e custos, não vai ser fácil encontrar medidas que tragam benefícios a todos e ninguém tenha que pagar. Quatro partidos a interpretar o interesse do país, que criaram no eleitorado expectativas diferentes, dificilmente chegarão a qualquer acordo, a não ser que alguns deles busquem o suicídio.
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Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.
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