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A esperteza parece ter sido para um mundo que era outro, fechado. Até que escondíamos de nós próprios algo que fosse além do nosso conhecimento superficial. A esperteza não se revela a ninguém.
Agora quer-se que tudo isso venha ao de cima, que nos sentimos capazes de fazer aquilo que nunca fizemos, que possamos ter num diploma as nossas habilitações escondidas.
Tantos anos sem nada podermos mostrar, de nos taparem os caminhos, de se apropriarem dos nossos lugares, como quem se apropria de um baldio, sem nos ligarem patavina, que agora vamos mostrar ao que vimos, se vamos!
E agora que tudo parece fácil o mundo é outro, com outras exigências e necessidades. E nós que nos preparamos para sermos funcionários públicos, quando muito comerciantes! Que desilusão!
O comércio esse toda a gente sempre o soube fazer. A nossa experiência tem séculos. Mas já perdemos muitos navios.
Os funcionários públicos agora ninguém os quer.
2 comentários:
A propósito da imagem: como anda pobre, serôdia, e agora até envergonhada, a estatutária limiana.É no Largo de S. José, nos jardins marginais, em todo canto e esquina está o tropeço granitoso.
Está agora esta vaquinha de ingenuidade presepial,envergonhada, que teima em não sair de improvisado estábulo.
Longe vai o tempo em que artistas e canteiros limianos rendilharam de talentosas obras graníticas os sítios da Ribeira Lima. A história local e regional guarda-os referenciados,não como dignos artesãos,mas elevando-os mestres de saberes da arte superior de trabalhar o granito.
Honra ao seu pai, um desses mestres esquecidos. Havemos de falar mais disso.
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