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Os formandos podiam ter ficado com um certificado de habilitações e já não dariam azo a um gasto em dobrado, maugrado o dinheiro não ser nosso, segundo dizem. Mas a facilidade com que se tiraram os cursos não permite que se fale em esforço, antes desleixo.
Se essa formação foi um logro, com a certificação o logro teria sido bem maior, como é evidente. Se o nosso Primeiro dá cobertura a este passado faz-nos pensar que a proliferação de reconhecimentos, validações e certificações que por aí já se expandem só prometem aldrabice.
Ninguém acredita nisto, a começar pelos próprios formandos, de cuja boa fé se não duvida, mas que, como é habitual, se vão deixar arrastar pela corrente. Se alguém pensa que vai aprender alguma coisa depressa ficará a saber que não vai sair de lá mais habilitado, e era necessário substancialmente mais.
O mercado de trabalho não acredita, quem é sério não acredita e se há políticos que acreditam nisto é porque não são sérios. Mas o mais grave é que transmitem uma falta de rigor e exigência, promovem o desleixo e o facilitismo, criam nos jovens a apatia, a morbidez de pensar que tudo lhes virá um dia a vir à mão sem custo, sem sacrifício.
Ao menos não consumam os jovens. Deixem-nos brincar porque são eles que estão numa idade mais própria para isso.
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