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"Num já longínquo dia alguém disse que a nossa ponte e de N. Srª. da Guia estava periclitante, com as pernas fracas, mal sustentada, descalça. Não fosse o açude e ela já se tinha ido.
Não sei se era alarmismo ou se o perigo era bem real mas, estudos feitos, a empreitada foi lançada e os trabalhos tiveram o seu começo.
Realizados aterros, passadiços, desviadas as águas, os dois pilares centrais foram, na sua base, cercados por uma estrutura de chapa e o intervalo assim criado foi preenchido por armações de ferro.
Um dos pilares foi quase reforçado de cimento na sua base, mas eis senão quando os trabalhos pararam, um dos pilares ficou sem cimento, o outro não foi acabado, as armações de ferro e de cofragem não foram retiradas, os pedregulhos ficaram no meio do rio, as tubagens também. Este é o indecoroso espectáculo que se mantém há anos. Não há estética.
Já este ano uma equipa de mergulhadores e outros técnicos lá andou a fazer os seus estudos, quase sorrateiramente, sem ninguém os ouvir e se pronunciar.
Não estamos certos de haver segurança mas, perante tanto alarido à volta das pontes, acho que não haverá candidatos a assassinos neste caso.
Lamenta-se é a mudez da Câmara e dos Serviços Centrais."
Na Assembleia Municipal de Ponte de Lima de 15-12-2006 o mesmo assunto foi abordado conforme o AltoMinho de 19-12-2006:
"Hélio Lucas do C.D.S. reforçou a necessidade do desassoreamento, realçando os méritos do Clube Náutico e o seu largo papel, não devidamente reconhecido, no desporto limiano e manifestou-se ainda contra a não retirada dos ferros e de outros materiais de uma frustrada intervenção nos pilares da Ponte da Guia."
Resposta segundo o mesmo jornal:
"Daniel Campelo, tendo-se declarado impotente para resolver o problema do assoreamento do rio, manifestou a sua solidariedade ao Clube Náutico, incentivando-o a avançar por conta própria em face das dificuldades burocráticas que se deparam a um empreendimento desta natureza."
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