Uma senhora, em representação da família, dirigiu-se-lhe, que o menino tinha que passar de ano. A família nunca acompanhou seriamente os estudos do filho e este andava já a patinar no 9º. ano e a ficar para trás em relação aos amigos. O que era um grande drama lá na vizinhança.
Era só um empurrão, que a razão acho eu que era ele não poder ter três negativas. Que o rebento se iria dedicar a outra vida, que para aquela estava visto que não tinha jeito e quem lhe podia dar um grande jeito era o professor.
Ou porque as saídas são poucas e a idade, as habilitações e a preparação para a vida não são nenhumas, no ano seguinte vá de se colocar de novo na mesma escola no 10º. ano.
O meu amigo surpreendido perguntou-lhe porque tinha mudado de ideias. Que tinha sido a família, que assim teria melhor preparação para o acesso a uma dessas Universidades, nem que fosse das rasqueiras.
Mas que o principal era que a família já não suportava ter um filho que não conseguia ombrear com os seus colegas, porque entendiam que, se na vizinhança eram todos “doutores”, ele não podia ficar abaixo de bacharel. Se este Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências que vem aí em novos moldes ou que vai ficar como está, fico sem saber, é para resolver estes problemas, que nos venha melhorar a auto-estima, que as escolas se sentirão cada vez mais desmotivadas.
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