17 fevereiro 2009

O preço da democracia

Esta é o máximo: Para Daniel Campelo os adros de várias Igrejas está ameaçado pelo traçado do TGV. Isto não lembraria ao Diabo. Se as Igrejas estão ameaçadas é pela falta de verdade que impera no mundo, para não ser catastrófico, porque esta verdade é comummente aceite.
Que Daniel Campelo queira mais um bocado de protagonismo está no seu direito, mas que veja em quem se pendura. Que temos todo o direito de reclamar mais informação é verdade, que um simples traçado demasiado largo numa velha carta militar pouco nos diz. Que devemos reclamar por uma apresentação pública é verdade.
Nós não sabemos sequer do que estamos a falar, como o projecto se implementará no terreno, onde passa em túnel e onde passa em viaduto, que protecção existe em especial quando o TGV passa ao ar livre, a que nível de ruído estão sujeitas as pessoas nas imediações da linha, qual a velocidade prevista para as várias localizações.
O nosso território é demasiado irregular para que, sem outros dados que nos sejam fornecidos, se saibam os aspectos mais salientes do projecto. Reclamemos pois por uma apresentação pública do projecto, nada de muito complicado para quem que levar adiante um projecto desta dimensão. Os custos duma apresentação destas são os custos da democracia, que todos devemos pagar com prazer.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana