08 fevereiro 2009

Falsas verdades, pias mentiras

Em Ponte de Lima sabe-se que ninguém está dentro de todos os assuntos, a não ser talvez o Daniel Campelo. Quando alguém sabe de alguma coisa, ninguém se quer chatear, vamos lá nós sair à estrada a gritar que o Rei vai nú? Vamos ao menos repor alguma verdade?
As mentiras vão-se espalhando, mas tão piamente, tão pouco, tão ligeiramente, tão sem importância, que a sua falsidade vai passando despercebida. As mentiras pias são aquelas que aparentemente não prejudicam ninguém.
O nosso espírito crítico não está alerta, tão piamente são apresentadas as mentiras, embora mais tarde, quando os dados que as demonstrem estiverem esquecidos e mais fora do nosso alcance, até chegam a ser aproveitados para fins promocionais.
Se algum caso chega a dar raia, e são tão poucos, logo surge uma catadupa de gente a desvalorizar a importância da mentira. Até se chega a dizer que a mentira teve efeitos benéficos.
Serão poucas as pessoas que não aceitem que o seu poder se instale em cima da mentira. Em especial na consolidação do poder, poucos estarão livres de a praticar, mas não pode ser por isso que se não deve denunciar.
Abaixo a mentira por mais pia que seja.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana