13 junho 2008

A desfaçatez e a incoerência de Paulo Portas

Nada poderia acontecer de melhor do que o que ocorreu nos últimos dias para justificar a valia e a força de dois dos ministros mais contestados pela oposição, em particular por Paulo Portas. Os ministros da Agricultura e Pescas e das Obras Públicas e Comunicações demonstraram estar preparados para desempenhar as suas funções de forma extremamente eficaz e rápida.
Aqui há meses a imprensa que, pior que a oposição, só vê as coisa pela rama e é de todo incapaz de ter uma visão avalizada sobre as qualidades necessárias para um bom desempenho no governo, virou baterias para estes ministros e mais um ou dois, apresentando-os como remodeláveis. Afinal a oposição estava certa, queria afastar os melhores. A imprensa é que fica mal porque estava a querer fazer um frete à oposição.
O senhor Paulo Portas, estupefacto embora com o desempenho daqueles ministros, não dá o braço a torcer, continua a querer roer-lhes os calcanhares. Antes apelou ao diálogo. Resolvida a crise diz que se teria exigido mais músculo. É a maior desfaçatez possível.
Paulo Portas é bicho que não se dá por vencido facilmente. Possivelmente depois das próximas eleições ir-se-á de novo embora. A nossa situação não é propícia a políticos tão descarados. As nossas referências, seja à direita, seja à esquerda ainda bem que não são de tão baixo nível. No futuro Paulo Portas será uma excrescência na política e mesmo na direita.
Era bom que o caso destes dois ministros pudesse ser estudado a sério para que cheguemos à conclusão que os resultados se não devem à sorte mas essencialmente a uma questão de método. Os métodos destes ministros não podem ser seguidos com o espalhafato mediático que outros fornecem para ganharem visibilidade barata.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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