Os jornalistas têm todo o direito de serem assertivos, de manifestarem convicções, de se não ficaram por opiniões ditas imparciais. Ninguém parece gostar de arrastar atrás de si dúvidas, com a desculpa de que elas são angustiantes. Ninguém gosta de manifestar simples opiniões porque elas são mais difíceis que as sentenças. As convicções nem tanto, mas mesmo assim têm passado para responder por elas.
No jornalismo é muito difícil haver dúvidas e a maioria dos jornalistas não as têm. No entanto a manifestação da sua opinião também não se revela apenas pela sua dificuldade, pelo compromisso que os outros veriam nela e pode não interessar assumir, mas também porque os papeis de cada um estão suficientemente definidos para que só a alguns seja dado publicá-la.
Um órgão de comunicação social não é uma entidade desorganizada. Há dentro dele equipas e dirigentes que assumem responsabilidades específicas. Mas também há manipulações, orientações, favorecimentos e prémios. Para que nós pudéssemos confiar mais na comunicação social teria que haver a assumpção de uma clara orientação política por cada um dos seus orgãos, independentemente de haver quem a não quisesse assumir.
Porém aquilo que clarificaria mais a nossa relação de confiança na comunicação social seria a clara separação entre o que é notícia e o que é opinião sobre a própria notícia, porque já é a este nível que a confusão começa a ser lançada. A velha questão do contraditório, de ouvir as duas partes não resolve a maioria dos problemas porque muitas vezes não há duas partes, ou há mais partes ou há só uma parte contra uma indefinição dos contraditantes.
Depois há os opinadores profissionais, aqueles colaboradores que, sendo na maioria não jornalistas, são convidados, seja para dar pluralismo, seja para acentuar uma orientação política. Uns são políticos profissionais, outros activistas de uma qualquer causa, no geral todos têm um interesse em paralelo com a sua intervenção pública. Estes opinadores fazem falta, mas, mesmo sendo jornalistas, a sua intervenção não pode ser vista nessa qualidade.
No jornalismo é muito difícil haver dúvidas e a maioria dos jornalistas não as têm. No entanto a manifestação da sua opinião também não se revela apenas pela sua dificuldade, pelo compromisso que os outros veriam nela e pode não interessar assumir, mas também porque os papeis de cada um estão suficientemente definidos para que só a alguns seja dado publicá-la.
Um órgão de comunicação social não é uma entidade desorganizada. Há dentro dele equipas e dirigentes que assumem responsabilidades específicas. Mas também há manipulações, orientações, favorecimentos e prémios. Para que nós pudéssemos confiar mais na comunicação social teria que haver a assumpção de uma clara orientação política por cada um dos seus orgãos, independentemente de haver quem a não quisesse assumir.
Porém aquilo que clarificaria mais a nossa relação de confiança na comunicação social seria a clara separação entre o que é notícia e o que é opinião sobre a própria notícia, porque já é a este nível que a confusão começa a ser lançada. A velha questão do contraditório, de ouvir as duas partes não resolve a maioria dos problemas porque muitas vezes não há duas partes, ou há mais partes ou há só uma parte contra uma indefinição dos contraditantes.
Depois há os opinadores profissionais, aqueles colaboradores que, sendo na maioria não jornalistas, são convidados, seja para dar pluralismo, seja para acentuar uma orientação política. Uns são políticos profissionais, outros activistas de uma qualquer causa, no geral todos têm um interesse em paralelo com a sua intervenção pública. Estes opinadores fazem falta, mas, mesmo sendo jornalistas, a sua intervenção não pode ser vista nessa qualidade.
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