As forças políticas fazem esforços inauditos para introduzir ou manter na agenda política determinados assuntos que acham que, pela perspectiva pela qual estão a serem vistos, lhes trarão benefícios imediatos. Um assunto que de momento é desagradável é evitado ao máximo. Mas o mais grave é que se fixou que historicamente determinados assuntos são mais de esquerda ou mais de direita e a realidade vai-se encarregando de desfazer essa vinculação já tida por definitiva.
O deficit das contas públicas é dos tais assuntos cujo valor como objecto de discussão é atribuído à direita e que portanto a esquerda deve evitar. Jorge Sampaio disse mesmo que “havia mais vida para além do deficit”. Como todas as afirmações em política esta não tem carácter absoluto, podendo até vir a ter um carácter negativo. Sócrates desfez este tabu e preocupou-se com o deficit o que para a esquerda foi um sacrilégio. O deficit é agora um assunto a que a esquerda se não pode esquivar.
Sempre se disse que Sócrates fez a política que a direita gostaria de ter feito, que Sócrates retirou ao P.S.D. o seu programa, as suas possibilidades de vir a ascender à área de governação por não ter uma política diferente para mostrar. A esquerda recusou-se a discutir os benefícios que a política prosseguida por Sócrates trouxe para o País e atribuir-lhe pelo contrário a origem de todos os males. Sócrates não evitou todos os males, mas evitou males maiores.
Porém estes males vieram por outra banda, extravasaram os parâmetros que eram tidos por seguros e a que alguns até acharam excessivos. Um dos males maiores foi o abandono que as multinacionais fizeram deste País. Já não pagavam ordenados famosos, mas mesmo assim trocaram-nos por outros países mais baratos ainda. Muitos dos que acreditaram nas virtudes dos ataques às multinacionais lamentam agora não se lhes ter dado outra oportunidade. Multinacionais estais perdoadas.
As multinacionais sempre se portaram mal, é verdade. Mas não foram os ataques que lhes foram feitos que as afugentaram. Foram explorar outros mais fracos do que nós. Em muitos casos pouco terão ganho com isso porque tiveram que vender mais barato, eventualmente terão alargado o mercado. Em resumo a esquerda pode lavar a mãos que nada conseguiu por via da sua luta.
O deficit das contas públicas é dos tais assuntos cujo valor como objecto de discussão é atribuído à direita e que portanto a esquerda deve evitar. Jorge Sampaio disse mesmo que “havia mais vida para além do deficit”. Como todas as afirmações em política esta não tem carácter absoluto, podendo até vir a ter um carácter negativo. Sócrates desfez este tabu e preocupou-se com o deficit o que para a esquerda foi um sacrilégio. O deficit é agora um assunto a que a esquerda se não pode esquivar.
Sempre se disse que Sócrates fez a política que a direita gostaria de ter feito, que Sócrates retirou ao P.S.D. o seu programa, as suas possibilidades de vir a ascender à área de governação por não ter uma política diferente para mostrar. A esquerda recusou-se a discutir os benefícios que a política prosseguida por Sócrates trouxe para o País e atribuir-lhe pelo contrário a origem de todos os males. Sócrates não evitou todos os males, mas evitou males maiores.
Porém estes males vieram por outra banda, extravasaram os parâmetros que eram tidos por seguros e a que alguns até acharam excessivos. Um dos males maiores foi o abandono que as multinacionais fizeram deste País. Já não pagavam ordenados famosos, mas mesmo assim trocaram-nos por outros países mais baratos ainda. Muitos dos que acreditaram nas virtudes dos ataques às multinacionais lamentam agora não se lhes ter dado outra oportunidade. Multinacionais estais perdoadas.
As multinacionais sempre se portaram mal, é verdade. Mas não foram os ataques que lhes foram feitos que as afugentaram. Foram explorar outros mais fracos do que nós. Em muitos casos pouco terão ganho com isso porque tiveram que vender mais barato, eventualmente terão alargado o mercado. Em resumo a esquerda pode lavar a mãos que nada conseguiu por via da sua luta.
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