O Verão dito quente de 1975 foi vivido de modo muito diverso pelas pessoas. O PREC não era coisa que apoquentasse a maioria, afinal porque se não viam mudanças significativas nas suas vidas. Mas cedo o PCP assumiu um isolamento irredutível que levou a que se não manifestasse qualquer solidariedade quando a sua existência prática ia sendo posta em causa.
O PCP enveredou pelo assumir em exclusivo de uma legitimidade revolucionária que, além de controversa, nenhuma instituição lhe deu, nenhum voto lhe atribuiu. Utilizou a natural atitude defensiva das pessoas que, a pretexto da não radicalização das posições, foram-no deixando avançar, convencidos é certo de que, quando fosse necessário, o fariam parar.
O Verão de 1975 não foi fácil para os trabalhadores, foi fácil para estudantes e pouco mais. Na verdade criou-se um clima de irresponsabilidade, que nunca chegou ao mundo do trabalho mas ao mundo duma pretensa intelectualidade vanguardista. O PCP procurou dominar a comunicação social e criou fracturas com todas as forças que se opunham à sovietização.
A propaganda é muito mais fácil do que agir sobre a realidade. É certo que por mais ouvir certas expressões, determinados temas, sempre as mesmas perspectivas sobre eles, uma abordagem continuada, as pessoas que não façam elaboração intelectual própria deixam-se facilmente enredar pela terminologia, pela agressividade contida em expressões aparentemente inócuas, adoptam mesmo a má criação.
Quando o clima já está suficientemente crispado, como sucedeu no Verão de 1975 após a tomada da Rádio Renascença, não há porém propaganda que resista, os campos começam a ficar perfeitamente delimitados, as pessoas são levadas a tomar opções definitivas. O que é de espantar é tudo isso ter levado a uma solução democrática sem incidentes graves.
O PCP enveredou pelo assumir em exclusivo de uma legitimidade revolucionária que, além de controversa, nenhuma instituição lhe deu, nenhum voto lhe atribuiu. Utilizou a natural atitude defensiva das pessoas que, a pretexto da não radicalização das posições, foram-no deixando avançar, convencidos é certo de que, quando fosse necessário, o fariam parar.
O Verão de 1975 não foi fácil para os trabalhadores, foi fácil para estudantes e pouco mais. Na verdade criou-se um clima de irresponsabilidade, que nunca chegou ao mundo do trabalho mas ao mundo duma pretensa intelectualidade vanguardista. O PCP procurou dominar a comunicação social e criou fracturas com todas as forças que se opunham à sovietização.
A propaganda é muito mais fácil do que agir sobre a realidade. É certo que por mais ouvir certas expressões, determinados temas, sempre as mesmas perspectivas sobre eles, uma abordagem continuada, as pessoas que não façam elaboração intelectual própria deixam-se facilmente enredar pela terminologia, pela agressividade contida em expressões aparentemente inócuas, adoptam mesmo a má criação.
Quando o clima já está suficientemente crispado, como sucedeu no Verão de 1975 após a tomada da Rádio Renascença, não há porém propaganda que resista, os campos começam a ficar perfeitamente delimitados, as pessoas são levadas a tomar opções definitivas. O que é de espantar é tudo isso ter levado a uma solução democrática sem incidentes graves.
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