O esquerdismo passou a considerar haver uma dupla legitimidade: Aquela que era dada pelo resultado das eleições de 25 de Abril de 1975 para a formação de um Parlamento que redigisse o texto da futura constituição; A legitimidade revolucionária que era dada pelos sucessivos golpes que iam aprofundando os objectivos de “Abril”.
A golpada do 11 de Março é o maior embuste perpetrado no decurso do PREC. Cada erro da direita era aproveitado para fazer avançar um processo que na verdade nunca abandonou o aspecto formal e nunca foi gerido numa perspectiva revolucionária. Os bens mudaram de dono, a sua gestão não mudou significativamente e quando mudou foi o caos.
O Movimento das Forças Armadas criado por duzentos militares para resolver os seus problemas de caserna, aberto no processo a ver as coisas num aspecto mais global, empenhado por fim em alterar a sociedade de forma irreversível par se justificar a si próprio, deixou que a sua própria corporação fosse tomada por uma democracia de base contrária aos seus princípios.
A sociedade não cria forças armadas para elas serem assim geridas. O problema da dupla legitimidade passou a ser fulcral a partir de 25 de Abril de 1974, altura em que as eleições deram uma quase absoluta maioria aos partidos defensores de uma democracia genuína, em detrimento dos grupelhos esquerdistas e mesmo do Partido Comunista e seus aliados mais próximos.
Os partidos vencedores passaram a exigir que as forças armadas os respeitassem e mantivessem uma estrutura hierárquica, acabando com todos as formas de instrumentalização a que vinham a ser sujeitas. Passou a haver forças políticas que representavam a vontade da população e que se opuseram à sovietização do exército.
O PCP imaginou um processo em tudo idêntico ao ocorrido em 1917 na URSS. Só que aí havia um exército em dificuldades mas mobilizado para a guerra contra a Alemanha e que foi possível redireccioná-lo. Aqui havia um exército desmobilizado, desmoralizado, derrotado em todas as frentes, sem saber donde vinha, nem para onde queria seguir.
A golpada do 11 de Março é o maior embuste perpetrado no decurso do PREC. Cada erro da direita era aproveitado para fazer avançar um processo que na verdade nunca abandonou o aspecto formal e nunca foi gerido numa perspectiva revolucionária. Os bens mudaram de dono, a sua gestão não mudou significativamente e quando mudou foi o caos.
O Movimento das Forças Armadas criado por duzentos militares para resolver os seus problemas de caserna, aberto no processo a ver as coisas num aspecto mais global, empenhado por fim em alterar a sociedade de forma irreversível par se justificar a si próprio, deixou que a sua própria corporação fosse tomada por uma democracia de base contrária aos seus princípios.
A sociedade não cria forças armadas para elas serem assim geridas. O problema da dupla legitimidade passou a ser fulcral a partir de 25 de Abril de 1974, altura em que as eleições deram uma quase absoluta maioria aos partidos defensores de uma democracia genuína, em detrimento dos grupelhos esquerdistas e mesmo do Partido Comunista e seus aliados mais próximos.
Os partidos vencedores passaram a exigir que as forças armadas os respeitassem e mantivessem uma estrutura hierárquica, acabando com todos as formas de instrumentalização a que vinham a ser sujeitas. Passou a haver forças políticas que representavam a vontade da população e que se opuseram à sovietização do exército.
O PCP imaginou um processo em tudo idêntico ao ocorrido em 1917 na URSS. Só que aí havia um exército em dificuldades mas mobilizado para a guerra contra a Alemanha e que foi possível redireccioná-lo. Aqui havia um exército desmobilizado, desmoralizado, derrotado em todas as frentes, sem saber donde vinha, nem para onde queria seguir.
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