Um golpe militar num País em guerra tem implicações inevitáveis na condução da mesma. Só pode levar ao reforço do esforço militar ou então a uma resolução pacífica do conflito. As indecisões, as dúvidas, a falta de clareza na posição dos militares, a dificuldade de assumir compromissos, quais e com quem, levaram a atitudes guiadas apenas pelo senso dos responsáveis.
Deixaram de existir frentes militares, a ânsia de regresso dos militares foi-se propagando, não havia a quem reportar vitórias ou derrotas, institucionalizou-se uma anarquia na qual os movimentos de libertação mais expeditos se foram instalando, tornando quase normal uma passagem de soberania a nível militar, mas a que faltaram os outros elementos duma administração minimamente eficaz.
A deserção que se operou nas colónias foi acompanhada pela difusão da recusa da ida de novos milicianos. Ninguém assumiu a responsabilidade de uma descolonização feita assim, nem ninguém assumiria se assim se não fizesse. Costa Gomes era o comandante de uma navegação claramente à vista, cedendo demasiado às inclinações de momento.
Mas além dessa influência directa que o exército ia tendo na condução da descolonização, as tentativas de lhe dar a consistência necessária para uma acção consequente foram-se gorando. O esquerdismo sempre esperou por oportunidades de interferir na coesão militar e o 11 de Março veio na altura própria, para tentar anular ou influenciar as eleições de 25 de Abril.
Se isto não foi conseguido, houve no entanto uma interferência abusiva na condução da política interna, dando início ao problemático processo de nacionalizações, conhecido como PREC – Processo Revolucionário em Curso. Tudo se tornou inseguro a todos os níveis da sociedade.
Deixaram de existir frentes militares, a ânsia de regresso dos militares foi-se propagando, não havia a quem reportar vitórias ou derrotas, institucionalizou-se uma anarquia na qual os movimentos de libertação mais expeditos se foram instalando, tornando quase normal uma passagem de soberania a nível militar, mas a que faltaram os outros elementos duma administração minimamente eficaz.
A deserção que se operou nas colónias foi acompanhada pela difusão da recusa da ida de novos milicianos. Ninguém assumiu a responsabilidade de uma descolonização feita assim, nem ninguém assumiria se assim se não fizesse. Costa Gomes era o comandante de uma navegação claramente à vista, cedendo demasiado às inclinações de momento.
Mas além dessa influência directa que o exército ia tendo na condução da descolonização, as tentativas de lhe dar a consistência necessária para uma acção consequente foram-se gorando. O esquerdismo sempre esperou por oportunidades de interferir na coesão militar e o 11 de Março veio na altura própria, para tentar anular ou influenciar as eleições de 25 de Abril.
Se isto não foi conseguido, houve no entanto uma interferência abusiva na condução da política interna, dando início ao problemático processo de nacionalizações, conhecido como PREC – Processo Revolucionário em Curso. Tudo se tornou inseguro a todos os níveis da sociedade.
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