O universo dos bons que os comunistas urdiram no PREC tinha gente de muita índole, assim como a tinha o pretenso universo dos maus. Um Portugal tão pequeno mas tão diverso tinha gente a viver diversificadas circunstâncias, mais do que gente de diversificados sentimentos.
Todos os justiceiros do mundo acabam por adoptar essa linguagem redutora. Para eles não faz sentido reconhecer que há bons no campo inimigo, senão que temporariamente. Eles aceitam ter que fazer um esforço de evangelização para captarem para o seu lado aqueles bons ou maus que se encontram no lado oposto.
A partir de um último dia, embora se lhes possa reconhecer tudo para serem bons, deixam automaticamente de o poderem ser por estarem do lado de lá da barricada. Esse dia é normalmente um momento de verdade escolhido pelos justiceiros do mundo quando se acham com poder suficiente para tal.
Só que no caso dos comunistas portugueses o seu momento de verdade foi o 25 de Novembro de 1975 e constituiu uma pesada derrota. Continuaram com os seus exercícios mentais de criar amigos e inimigos mas sem que possam em qualquer tempo e lugar decidir que chegou outro momento de decisão a um nível tão elevado.
Como em todos os justiceiros do mundo havia bons e bons. Uns genuínos, pacíficos, no Sul, que viveram todas as dificuldades. Outros arrivistas, grosseiros, artificiais, agressivos no Norte, capazes de fazer alarde de uma razão que lhes faltava.
A sua situação de minoritários parecia concentrar neles a força de uma grupo mais vasto, como se num mundo de apáticos e manipuláveis uma superior condição de vanguardistas lhes garantisse uma força suplementar. Para estes só pode haver bondade na condescendência de que é capaz a sua genuína e perversa maldade.
Todos os justiceiros do mundo acabam por adoptar essa linguagem redutora. Para eles não faz sentido reconhecer que há bons no campo inimigo, senão que temporariamente. Eles aceitam ter que fazer um esforço de evangelização para captarem para o seu lado aqueles bons ou maus que se encontram no lado oposto.
A partir de um último dia, embora se lhes possa reconhecer tudo para serem bons, deixam automaticamente de o poderem ser por estarem do lado de lá da barricada. Esse dia é normalmente um momento de verdade escolhido pelos justiceiros do mundo quando se acham com poder suficiente para tal.
Só que no caso dos comunistas portugueses o seu momento de verdade foi o 25 de Novembro de 1975 e constituiu uma pesada derrota. Continuaram com os seus exercícios mentais de criar amigos e inimigos mas sem que possam em qualquer tempo e lugar decidir que chegou outro momento de decisão a um nível tão elevado.
Como em todos os justiceiros do mundo havia bons e bons. Uns genuínos, pacíficos, no Sul, que viveram todas as dificuldades. Outros arrivistas, grosseiros, artificiais, agressivos no Norte, capazes de fazer alarde de uma razão que lhes faltava.
A sua situação de minoritários parecia concentrar neles a força de uma grupo mais vasto, como se num mundo de apáticos e manipuláveis uma superior condição de vanguardistas lhes garantisse uma força suplementar. Para estes só pode haver bondade na condescendência de que é capaz a sua genuína e perversa maldade.
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