Após o 25 de Abril de 1974 cada sector político procurava imprimir à actividade política o ritmo que mais se adequava aos seus próprios interesses e objectivos. O interesse do País não era apropriado por ninguém, havia uma preocupação permanente em que a direita dele se não arrogasse de novo. Por isso foi tão fácil a revolução se desfazer de Spínola e outros que tais.
Após o 11 de Março de 1975 o País viu-se repentinamente com um menino na mão e entre incrédulo e preocupado votou em 25 de Abril de 1976 por uma via contraditória com esta. Sem enjeitar o menino, as nacionalizações, o País lá o foi alimentando, mantendo-se durante os oito meses seguintes uma luta constante e persistente entre as duas legitimidades, a democrática e a revolucionária.
O lado revolucionário procurou elevar determinados objectivos, como as nacionalizações, a objectivos nacionais incontestáveis, consensuais, estratégicos. O lado revolucionário procurava mesmo desculpabilizar-se do ritmo que as coisas haviam adquirido, atribuindo à direita, aos proprietários e gestores toda a espécie de intenções menos boas. De preferência fazia-se com que o abandono fosse a causa, por mais fácil de justificar.
O ritmo sempre foi o aspecto mais complicado para os revolucionários que não entendem a sua ligação aos aspectos emocionais e não puramente teóricos. Os revolucionários mordem-se de inveja quando comparam comportamentos individuais e vêm uma pessoa trabalhar com denodo para um capitalista e arrastar-se penosamente no trabalho dito colectivo.
O PC cedo se apercebeu que a direita iria jogar com os nossos ritmos. Por isso um acenar constante com o perigo das provocações da direita, de esta querer obrigar à tomada de posições precipitadas, de esta afinal imprimir o ritmo que achava mais adequado ao descrédito da esquerda. O PC não resistiu ao engodo e haveria de assumir algo do papel que durante quarenta anos Salazar sem razão lhe atribuía. Os comunistas falharam. Os esquerdistas haveriam de resistir.
Após o 11 de Março de 1975 o País viu-se repentinamente com um menino na mão e entre incrédulo e preocupado votou em 25 de Abril de 1976 por uma via contraditória com esta. Sem enjeitar o menino, as nacionalizações, o País lá o foi alimentando, mantendo-se durante os oito meses seguintes uma luta constante e persistente entre as duas legitimidades, a democrática e a revolucionária.
O lado revolucionário procurou elevar determinados objectivos, como as nacionalizações, a objectivos nacionais incontestáveis, consensuais, estratégicos. O lado revolucionário procurava mesmo desculpabilizar-se do ritmo que as coisas haviam adquirido, atribuindo à direita, aos proprietários e gestores toda a espécie de intenções menos boas. De preferência fazia-se com que o abandono fosse a causa, por mais fácil de justificar.
O ritmo sempre foi o aspecto mais complicado para os revolucionários que não entendem a sua ligação aos aspectos emocionais e não puramente teóricos. Os revolucionários mordem-se de inveja quando comparam comportamentos individuais e vêm uma pessoa trabalhar com denodo para um capitalista e arrastar-se penosamente no trabalho dito colectivo.
O PC cedo se apercebeu que a direita iria jogar com os nossos ritmos. Por isso um acenar constante com o perigo das provocações da direita, de esta querer obrigar à tomada de posições precipitadas, de esta afinal imprimir o ritmo que achava mais adequado ao descrédito da esquerda. O PC não resistiu ao engodo e haveria de assumir algo do papel que durante quarenta anos Salazar sem razão lhe atribuía. Os comunistas falharam. Os esquerdistas haveriam de resistir.
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