É sempre bom picar um poeta como Alegre, para que ele mostre o que tem de melhor. O poeta não pode ser um resignado, mas um revoltado. Depois de tantos anos de resignação, eis que mostrou o seu ar de revolta, o que lhe permitiu projectar melhor a sua voz, sair realçada a sua eloquência que permite que a blasfémia passe como um grito de alma.
Alegre não está a gostar de ver o PS a fazer a política que se impõe para o País na situação que temos, em que as hipóteses alternativas se não vislumbram, pelo menos com a nitidez com que muitos as parecem ver, mas sem terem o trabalho de no-las mostrar.
Alegre gostaria antes que no poder estivesse a direita trauliteira comandada pelo Paulo Portas para poder gritar bem alto a sua indignação. Não sentiria assim o constrangimento que a actual situação lhe provoca e que ele não está na disposição de aceitar.
Alegre sentir-se-á como aquele amante que se sente especialmente penalizado por ser traído com a ajuda de um amigo em vez de um inimigo declarado. Com este não sentiria tanto.
Para Alegre o PS deveria abster-se de afrontar os seus sentimentos e esperar por uma ocasião mais favorável, com melhores ventos, para governar. Ou então deveria abstrair-se da conjuntura e pôr tão só a estrutura económica a garantir os proventos que o poeta se acha no direito de distribuir. Como poderia executar a primeira parte não lhe passa pela cabeça.
Alegre quer ser a reserva moral mor, julga que ser poeta lhe dá o estatuto de julgador agora em parceria com o inefável Louçã. Realmente este não poderia ser melhor escolhido. Só que juntos, a sua soma é negativa. A jactância poética aliada à aleivosia frenética só pode dar asneira.
Alegre não está a gostar de ver o PS a fazer a política que se impõe para o País na situação que temos, em que as hipóteses alternativas se não vislumbram, pelo menos com a nitidez com que muitos as parecem ver, mas sem terem o trabalho de no-las mostrar.
Alegre gostaria antes que no poder estivesse a direita trauliteira comandada pelo Paulo Portas para poder gritar bem alto a sua indignação. Não sentiria assim o constrangimento que a actual situação lhe provoca e que ele não está na disposição de aceitar.
Alegre sentir-se-á como aquele amante que se sente especialmente penalizado por ser traído com a ajuda de um amigo em vez de um inimigo declarado. Com este não sentiria tanto.
Para Alegre o PS deveria abster-se de afrontar os seus sentimentos e esperar por uma ocasião mais favorável, com melhores ventos, para governar. Ou então deveria abstrair-se da conjuntura e pôr tão só a estrutura económica a garantir os proventos que o poeta se acha no direito de distribuir. Como poderia executar a primeira parte não lhe passa pela cabeça.
Alegre quer ser a reserva moral mor, julga que ser poeta lhe dá o estatuto de julgador agora em parceria com o inefável Louçã. Realmente este não poderia ser melhor escolhido. Só que juntos, a sua soma é negativa. A jactância poética aliada à aleivosia frenética só pode dar asneira.
1 comentário:
" Ser poeta é ser mais alto...é ter asas e garras de condor..."
Assim pensava Florbela Espanca.
Na verdade ninguem põe em causa o mérito do poeta Manuel Alegre, penso que tambem não se deve questionar a sua intervenção para que a democracia em Portugal seja uma realidade.
Mas o que é questionavel, é o papel a que se tem prestado fazer, pois todos sabemos que exerceu cargos de importancia governativa pela mão do PS, que ainda é deputado, eleito pelo PS.
Penso que é na Assembleia da Républica, que se discutem as politicas do governo e não tenho visto o Sr. Alegre, levantar a sua voz nos debates ou mesmo votar contra as politicas do governo, antes pelo contrário.
Então, porque aparece agora a lançar esta lavareda de revolta e logo ao lado do Dr. Louçã?
O tempo dirá quais os seus verdadeiros objectivos!.
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