Muitos movimentos políticos que se propagaram facilmente nos movimentos juvenis tiveram muitas vezes a sua origem em pessoas mais velhas, com experiências diversas, mas que souberam passar a sua mensagem à juventude, de tal modo mesmo que sempre pensamos estar perante movimentos genuinamente juvenis.
O esquerdismo actual está longe de ser um movimento desse tipo. O esquerdismo actual torna os jovens prematuramente velhos. A política proposta pelo esquerdismo actual é a política dos ressabiados, dos justiceiros, daqueles que se querem vingar do povo por não terem tido a sua adesão quando viram o poder tão perto, como a 25 de Novembro de 1975.
O povo renunciou a muita intervenção, mas não renunciou à defesa de alguns princípios básicos. Quem no final perdeu foi quem muitas vezes pensou já ter obtido vitórias definitivas. Mas mesmo estes pensam ter ganho alguma coisa, não é despiciendo pensar que um dia se teve o poder tão perto da mão. A arrogância do esquerdismo actual provém desta época para muitos remota.
Embora à distância nos parecer que o PREC foi vivido a um ritmo alucinante, na verdade foi vivido às guinadas, com arranques e recuos, períodos longos de acalmia, no fundo poucos estariam preparados para em consciência terem uma opinião consistente sobre os momentos que se viviam. Deixava-se ver no que as coisas davam durante o tempo suficiente para pensar, para aglutinar forças, para organizar, para consolidar.
Se verificarmos o resultado final a 25 de Novembro de 1975, mesmo tendo terminado nesta derrota em parte consentida, houve uma mudança tal desde 25 de Abril que, se as coisas tivessem sido vividas linearmente, tê-lo-iam que ser a um ritmo vibrante. Há uma memória eufórica e intelectualizada destes tempos, mas que a juventude não compreende se não lhe for explicada honestamente, que serve de sustentáculo ao esquerdismo actual.
O esquerdismo actual está longe de ser um movimento desse tipo. O esquerdismo actual torna os jovens prematuramente velhos. A política proposta pelo esquerdismo actual é a política dos ressabiados, dos justiceiros, daqueles que se querem vingar do povo por não terem tido a sua adesão quando viram o poder tão perto, como a 25 de Novembro de 1975.
O povo renunciou a muita intervenção, mas não renunciou à defesa de alguns princípios básicos. Quem no final perdeu foi quem muitas vezes pensou já ter obtido vitórias definitivas. Mas mesmo estes pensam ter ganho alguma coisa, não é despiciendo pensar que um dia se teve o poder tão perto da mão. A arrogância do esquerdismo actual provém desta época para muitos remota.
Embora à distância nos parecer que o PREC foi vivido a um ritmo alucinante, na verdade foi vivido às guinadas, com arranques e recuos, períodos longos de acalmia, no fundo poucos estariam preparados para em consciência terem uma opinião consistente sobre os momentos que se viviam. Deixava-se ver no que as coisas davam durante o tempo suficiente para pensar, para aglutinar forças, para organizar, para consolidar.
Se verificarmos o resultado final a 25 de Novembro de 1975, mesmo tendo terminado nesta derrota em parte consentida, houve uma mudança tal desde 25 de Abril que, se as coisas tivessem sido vividas linearmente, tê-lo-iam que ser a um ritmo vibrante. Há uma memória eufórica e intelectualizada destes tempos, mas que a juventude não compreende se não lhe for explicada honestamente, que serve de sustentáculo ao esquerdismo actual.
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