A constituição europeia, assim nomeada sem o ser, seria a refundação da Comunidade Europeia, realidade mutante porque tem como suprema ambição aproximar-se cada vez mais da Europa, entidade a que é atribuído um núcleo sólido de ideias e valores e a que se quer dar desde já um esqueleto de órgãos supranacionais.
No entanto uns referendos negativos, e para agravar em Países Fundadores, deitaram por terra qualquer veleidade de a implementar. Se sobre ela se tinha construído um consenso político que envolvia as mais representativas forças políticas europeias, onde se pode encontrar a razão desta rejeição? Será que podemos supor não haver rejeição do seu espírito?
O problema está mesmo por aí. A compreensão deste fenómeno passa fundamentalmente pelo sentimento de impotência que invade o espírito democrático europeu. As estruturas supranacionais, uma vez implantadas, assumem perante os eleitores um carácter estático, inamovível, adjectivos a que, com o desgaste, se somarão outros.
A ideia de que a maioria do eleitorado apoiaria um poder forte e centralizado, porque ele seria a garantia de mais estabilidade e segurança, é errónea. As pessoas são a favor mas não apoiam nos momentos decisivos porque não estão seguras de que esse poder lhes será sempre favorável e na maioria das vezes não lhes agrada.
As pessoas querem ter a liberdade e a possibilidade de descartarem um poder que se lhes torne obsessivo. Umas são mais apressadas do que outras mas quase todas querem mais oportunidades para cambiar. As pessoas estão mais receptivas a mudar de ideias do que se pensa. O desejo das pessoas caminha no sentido do “Governo na Hora”.
Os meios mediáticos exaltam estas contradições e o que é moda torna-se quase uma inevitabilidade. As alterações agora propostas não incluem modelos na moda e as pessoas envolvidas não têm perfil de passerelle. Ter-se-á perdido a oportunidade e deixado que novas forças se movimentassem e dilacerassem o espírito democrático.
A haver este referendo sobre uma questão tão empolada, o voto “Não” ganhará ao nível europeu e em todos os países para os quais a “excelência” europeia não suplante a “tacanhez” nacional. Quanto a nós, se nos julgam mais espertos do que os outros, podemos ter uma surpresa. Só com a chantagem dos milhões nos livraremos do espectáculo indecoroso do “Não”.
No entanto uns referendos negativos, e para agravar em Países Fundadores, deitaram por terra qualquer veleidade de a implementar. Se sobre ela se tinha construído um consenso político que envolvia as mais representativas forças políticas europeias, onde se pode encontrar a razão desta rejeição? Será que podemos supor não haver rejeição do seu espírito?
O problema está mesmo por aí. A compreensão deste fenómeno passa fundamentalmente pelo sentimento de impotência que invade o espírito democrático europeu. As estruturas supranacionais, uma vez implantadas, assumem perante os eleitores um carácter estático, inamovível, adjectivos a que, com o desgaste, se somarão outros.
A ideia de que a maioria do eleitorado apoiaria um poder forte e centralizado, porque ele seria a garantia de mais estabilidade e segurança, é errónea. As pessoas são a favor mas não apoiam nos momentos decisivos porque não estão seguras de que esse poder lhes será sempre favorável e na maioria das vezes não lhes agrada.
As pessoas querem ter a liberdade e a possibilidade de descartarem um poder que se lhes torne obsessivo. Umas são mais apressadas do que outras mas quase todas querem mais oportunidades para cambiar. As pessoas estão mais receptivas a mudar de ideias do que se pensa. O desejo das pessoas caminha no sentido do “Governo na Hora”.
Os meios mediáticos exaltam estas contradições e o que é moda torna-se quase uma inevitabilidade. As alterações agora propostas não incluem modelos na moda e as pessoas envolvidas não têm perfil de passerelle. Ter-se-á perdido a oportunidade e deixado que novas forças se movimentassem e dilacerassem o espírito democrático.
A haver este referendo sobre uma questão tão empolada, o voto “Não” ganhará ao nível europeu e em todos os países para os quais a “excelência” europeia não suplante a “tacanhez” nacional. Quanto a nós, se nos julgam mais espertos do que os outros, podemos ter uma surpresa. Só com a chantagem dos milhões nos livraremos do espectáculo indecoroso do “Não”.
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