O Estado Português sabia que ao aderir à Comunidade Europeia perdia uma larga fatia de soberania. Não fizemos nada de desprezível, nem tão pouco de heróico. Muitos anos antes a Alemanha e a França, os impulsionadores da Comunidade foram os primeiros a concretizar o objectivo de obter mais segurança com maior interdependência.
Quando Portugal entrou na Comunidade já ela estava dotada de uma velocidade, de uma organização, de uma finalidade que se dava maior consistência aos objectivos primordiais, ultrapassava, na opinião de alguns sectores, as necessidades de uma associação política dos Estados. No entanto, em Portugal pensou-se que seria despiciendo utilizar o referendo para dar uma legitimidade acrescida à nossa adesão.
Quando Portugal entrou na Comunidade já ela estava dotada de uma velocidade, de uma organização, de uma finalidade que se dava maior consistência aos objectivos primordiais, ultrapassava, na opinião de alguns sectores, as necessidades de uma associação política dos Estados. No entanto, em Portugal pensou-se que seria despiciendo utilizar o referendo para dar uma legitimidade acrescida à nossa adesão.
Hoje, que forças políticas à direita se renderam politicamente e outras à esquerda se renderam economicamente, utilizar o referendo para legitimar alterações funcionais e de pormenor a uma situação irreversível, instituída pelo acto fundador, que foi a nossa adesão implicitamente consentida, é tão só um acto irresponsável, frustrador, inglório.
1 comentário:
Seja benvindo. Até com algumas ideias com que não concordo,acredito que no geral o tratado está bem elaborado.
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