24 outubro 2007

Quem deixou de “andar por aí”

Isto de “andar por aí” tem o que se lhe diga. Quantos de nós o gostaríamos de fazer. “Andar por aí” à espera que a história, o tempo, seja lá o que for, nos venha dar razão.
Ou simplesmente “andar por aí” sem grande satisfação, como que cumprindo rituais e preenchendo o tempo com trivialidades, à espera que haja um motivo que nos alegre, nos faça esquecer os dissabores e nos dê novo impulso para fazer algo mais do que “andar por aí”.
E se este facto nos pode servir para nos convencermos que tínhamos razão no que fazíamos antes de “andar por aí” tanto melhor. É o que parece ter acontecido com Santana Lopes para quem esta pequena vitória e por interposta pessoa lhe não podia dar mais satisfação, goze-a ele com mais ou menos privacidade.
No entanto esta desforra interna não lhe dá razão a nível da sua própria actividade política. Isto de uma vitória ser só a derrota dos outros é o que vai alimentando a mesquinhez, as arrufadas, as vaidades balofas.
A razão histórica é outra coisa que Santana Lopes não conseguirá apagar ou subverter, mesmo que, ao que parece, tenha deixado de “andar por aí”.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana