15 fevereiro 2010

Escrúpulo democrático só com democratas

Num País de longa tradição democrática nada seria como na Madeira. Assim deveria falar Alberto João mas não falou. Trocou a Madeira pelo País inteiro e os jornalistas ouviram submissos e reverentes. A não ser o João Jardim ninguém mais tem um Jornal ao seu dispor e ninguém a não ser ele lança tantas diatribes contra a imprensa que o não bajula.
Numa sondagem recente mais de 80% das pessoas inqueridas insurgiu-se contra mais dinheiro para a Madeira e já é sabido que a maioria das pessoas acham o João ridículo, um palhaço que à custa disso vai levando a sua avante. O que é caricato é que o P.S.D. se deixe enredar por este chantagista pitoresco e medíocre.
Mas também o B.E. e o P.C. se sentem lisonjeados que o João lhes dê lugar num governo do País que se possa formar para afastar o P.S. Não deixaria de ser bonito ver o Louça e o Jerónimo dando o braço a um Rangel qualquer apostado em liquidar de vez qualquer hipótese de haver em Portugal um pouco de socialismo.
A hipótese não está afastada. Os comunistas são traiçoeiros e os bloquistas são aprendizes de feiticeiros. Na sua sanha de ver derrotado o Partido Socialista são capazes de tudo. Antes a direita real a este Partido Socialista que faz fretes à direita, dirão. Vão por aí que vão bastante mal. Se pensam herdar a bandeira do socialismo e com ela fazer uma oposição tenaz à direita podem vir a ter sorte. Mas ficarão demasiado sós e não chegarão a lado algum.
A esquerda não pode continuar nesta caminho suicida. A sua exigência tem limites e não pode pôr em causa a sua sobrevivência. O sonho de construir um Estado Socialista irreversível na sua estrutura já ruiu há mais de vinte anos. O que nos resta é lutar por manter formas de intervenção política que não permitam uma nova ditadura do capital, isto é, incentivem todos a explorar os sentimentos de partilha e de solidariedade.
Sócrates cometeu erros? Terá, mas a direita é toda ela um erro. De momento só há uma alternativa, colocarmo-nos sob o jugo dos malabaristas do P.S.D. e isso tem a minha recusa. Entre Joaquim Coimbra, João jardim, Paulo Rangel e toda a camarilha que gravita à volta do P.S.D. e Sócrates eu estou ao lado deste. O escrúpulo democrático só tem que ser assumido pelos democratas quando todos o respeitarem.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

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"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

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