(Continuação)
Se, quanto às causas da crise do comércio tradicional de Ponte de Lima, as nossas divergências não são muitas, quanto aos remédios propostos nesta reflexão há de tudo, desde placebos, a não digeríveis pelos sistemas administrativo e outros, a demasiado ambiciosos para serem aplicáveis, a bem intencionados mas impossíveis de elaborar com actores e meios e a alguns viáveis. È necessário ser positivo, elaborado e sintético.
O que se propõe que o Estado faça é no geral tão benévolo, sem controvérsia, que assinaríamos por baixo, não fora podermos ser considerados ingénuos ao propor algumas medidas improcedentes, inviáveis ou inoportunas. Projectos estruturantes, acesso ao crédito, sistemas de apoio e incentivos, horário de funcionamento das grandes superfícies, fundos de pensões, são no geral descriminações positivas, não facilmente aceites. De pleno só concordaríamos com o acabar com a concorrência desleal.
Esperaríamos também mais realismo nas treze medidas a propor à Câmara Municipal. As seis primeiras são de natureza política: Eleger o desenvolvimento económico, elaborar um plano estratégico, criar um pelouro, dinamizar projectos estruturantes e pólos industriais, articular políticas municipais e empresariais, que ainda por cima desconhecemos.
De duvidosa eficácia, impossíveis, discriminatórias, contraproducentes são outras tantas seis medidas: Impedir novas superfícies e pugnar pelo seu impedimento no território Valimar, impedir espaços comerciais no rés-do-chão, trazer grandes eventos desportivos, criar zonas e espaços especiais nos pólos industriais e diminuir genericamente taxas, tarifas e licenças.
Veríamos favoravelmente o abandono da política de construção de zonas comerciais para concessão que está a tornar a Câmara um “promotor turístico” em detrimento de outras vertentes.
É referida neste ponto uma medida de natureza psico-sociológica que se refere ao conselho de, em alternativa, fazer compras no comércio tradicional e outra de natureza empresarial no que se refere ao abrir espaços de referência.
Achamos que em relação à Câmara Municipal impor-se-ia que se esclarecesse se os jardins e o sarrabulho lhe chegam, se vai continuar a subestimar o alojamento, em que tipo de turismo está disposta a apostar, se abandonou de vez a aposta em pequenas centralidades a mais de cinco quilómetros do Centro.
Também são propostas vinte e uma medidas específicas para o Centro Histórico, das quais nove merecerão o nosso apoio imediato: Facilitar a acessibilidade e o estacionamento, a recuperação do parque habitacional em especial destinado a arrendamento, a requalificação da zona ribeirinha, a reorganização da feira, a animação do Centro Histórico, a implementação de regras protectoras do comércio “fixo” local. Quanto ao Albergue dos Peregrinos peca por inoportuno falar no que se encontra em construção.
Já nos parece não serem de apoiar coisas controversas como: As zonas de uma animação nocturna que não esporadicamente, o limianismo, cujas figuras, além de que algumas se possam confundir com figurões, não traz qualquer mais valia evidente ao comércio.
Somos contra: Levar os transportes públicos ao Centro Histórico, antes somos favoráveis a uma única entrada e saída e a um melhor local de inversão de marcha, o instalar parquímetros, antes devem ser incentivados os comerciantes a deixarem os seus próprios carros nos parques e não à porta dos estabelecimentos, só porque são os primeiros a chegar, ficando assim os clientes privados dos escassos lugares no Centro. Paradoxal, em face da antecedente, é a proposta de tornar livre o estacionamento nos parques subterrâneos existentes que, além do mais, é irrisório.
A preocupação com o mercado municipal, já transformado num imenso restaurante, poderia passar pela sua quase integral conversão. Também por discriminatória não seria de reclamar a implementação de benefícios especiais e não parece apropriada a disseminação de eventos por estes carecerem de dimensão e os espaços possíveis num Centro pequeno não serem assim tantos. São oito medidas de impacto controverso.
Podemos constatar que a promoção de Ponte de Lima e do seu comércio nem sempre serão convergentes. A tradição, o património e o ambiente podem ser vendáveis mas para que o comércio em geral beneficie é necessário ir mais além dos jardins, dos solares e do sarrabulho. Esta proposta parece-nos redutora em função do objectivo a atingir.
O que se propõe que o Estado faça é no geral tão benévolo, sem controvérsia, que assinaríamos por baixo, não fora podermos ser considerados ingénuos ao propor algumas medidas improcedentes, inviáveis ou inoportunas. Projectos estruturantes, acesso ao crédito, sistemas de apoio e incentivos, horário de funcionamento das grandes superfícies, fundos de pensões, são no geral descriminações positivas, não facilmente aceites. De pleno só concordaríamos com o acabar com a concorrência desleal.
Esperaríamos também mais realismo nas treze medidas a propor à Câmara Municipal. As seis primeiras são de natureza política: Eleger o desenvolvimento económico, elaborar um plano estratégico, criar um pelouro, dinamizar projectos estruturantes e pólos industriais, articular políticas municipais e empresariais, que ainda por cima desconhecemos.
De duvidosa eficácia, impossíveis, discriminatórias, contraproducentes são outras tantas seis medidas: Impedir novas superfícies e pugnar pelo seu impedimento no território Valimar, impedir espaços comerciais no rés-do-chão, trazer grandes eventos desportivos, criar zonas e espaços especiais nos pólos industriais e diminuir genericamente taxas, tarifas e licenças.
Veríamos favoravelmente o abandono da política de construção de zonas comerciais para concessão que está a tornar a Câmara um “promotor turístico” em detrimento de outras vertentes.
É referida neste ponto uma medida de natureza psico-sociológica que se refere ao conselho de, em alternativa, fazer compras no comércio tradicional e outra de natureza empresarial no que se refere ao abrir espaços de referência.
Achamos que em relação à Câmara Municipal impor-se-ia que se esclarecesse se os jardins e o sarrabulho lhe chegam, se vai continuar a subestimar o alojamento, em que tipo de turismo está disposta a apostar, se abandonou de vez a aposta em pequenas centralidades a mais de cinco quilómetros do Centro.
Também são propostas vinte e uma medidas específicas para o Centro Histórico, das quais nove merecerão o nosso apoio imediato: Facilitar a acessibilidade e o estacionamento, a recuperação do parque habitacional em especial destinado a arrendamento, a requalificação da zona ribeirinha, a reorganização da feira, a animação do Centro Histórico, a implementação de regras protectoras do comércio “fixo” local. Quanto ao Albergue dos Peregrinos peca por inoportuno falar no que se encontra em construção.
Já nos parece não serem de apoiar coisas controversas como: As zonas de uma animação nocturna que não esporadicamente, o limianismo, cujas figuras, além de que algumas se possam confundir com figurões, não traz qualquer mais valia evidente ao comércio.
Somos contra: Levar os transportes públicos ao Centro Histórico, antes somos favoráveis a uma única entrada e saída e a um melhor local de inversão de marcha, o instalar parquímetros, antes devem ser incentivados os comerciantes a deixarem os seus próprios carros nos parques e não à porta dos estabelecimentos, só porque são os primeiros a chegar, ficando assim os clientes privados dos escassos lugares no Centro. Paradoxal, em face da antecedente, é a proposta de tornar livre o estacionamento nos parques subterrâneos existentes que, além do mais, é irrisório.
A preocupação com o mercado municipal, já transformado num imenso restaurante, poderia passar pela sua quase integral conversão. Também por discriminatória não seria de reclamar a implementação de benefícios especiais e não parece apropriada a disseminação de eventos por estes carecerem de dimensão e os espaços possíveis num Centro pequeno não serem assim tantos. São oito medidas de impacto controverso.
Podemos constatar que a promoção de Ponte de Lima e do seu comércio nem sempre serão convergentes. A tradição, o património e o ambiente podem ser vendáveis mas para que o comércio em geral beneficie é necessário ir mais além dos jardins, dos solares e do sarrabulho. Esta proposta parece-nos redutora em função do objectivo a atingir.
Parece-nos ser de natureza empresarial e por isso dever caber ao próprio comércio o aferir os ramos comerciais e se for caso disso especializá-lo para o turismo. Caberia a todos definir “que turismo?” para adequar estratégias. Quanto ao artesanato já haverá pouco a inventar.
(Continua)
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