24 junho 2007

Dêmos força à campanha contra o fogo nas florestas

Os primeiros sinais do Estio estão aí, é bom prevenir, difundir a mensagem: Portugal sem fogos depende de todos. Proteja a floresta. Denuncie os que atentam contra ela. Em Ponte de Lima ligue o 258900240. Grave no seu telemóvel.
Nunca será de mais reforçar as afirmações dos cartazes que proliferam por aí. Mas há nesta mensagem um pequeno pormenor daqueles que às vezes nos atraiçoam. Na minha opinião o apelo à denúncia não será o mais apropriado.
O que se pede é perfeitamente justo, mas as conotações que a palavra “denúncia” transporta tornam-na contraproducente. Talvez se encontrassem no léxico português uma palavra menos ligada à transmissão a outrem com poderes próprios da ocorrência de factos que se terão passado num ambiente que se presumia de confiança mútua.
Subjectivamente nada seria pois mais inapropriado para uma situação em que tenhamos a infeliz sorte de surpreender alguém a atear fogo. Não pode haver desculpas para aqueles que possam ter tais intenções. É bom que eles se consciencializem de que estamos seguramente dispostos a “denunciar” o seu comportamento, e esta será uma palavra forte e adequada ao efeito.
Mas se nos possa causar engulhos, esqueçamos as palavras e as suas subtilezas. Dêmos testemunho activo de uma situação socialmente lesiva, irresponsável, irracional. Não deixemos passar em branco, não ocultemos nada. Comuniquemos antes tudo o que nos parecer suficientemente capaz de gerar uma situação de catástrofe. E não tenhamos medo que nos chamem denunciantes ou outras coisas piores.

Sem comentários:

Aqui pode vir a falar-se de tudo. Renegam-se trivialidades, mas tudo depende da abordagem. Que se não repise o que está por de mais mastigado pelo pensamento redondo dominante. Que se abram perspectivas é o desejo. Que se sustentem pensamentos inovadores. Em Ponte de Lima, como em todo o universo humano, nada nos pode ser estranho.

Acerca de mim

A minha foto
Ponte de Lima, Alto Minho, Portugal
múltiplas intervenções no espaço cívico

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck

"Big Man" 1998 (1,83 de altura) - Obra de Mueck
O mais perfeito retrato da solidão humana