Em relação ao fundamental da personalidade individual o PREC não alterou nada. Como havia que tomar e fazer com que os outros tomassem decisões rápidas, o essencial era preparar as mentes para escolhas simples em que depressa se chegasse a um redutor Sim/Não que tornasse tudo irreversível no caminho previamente escolhido por quem geria/dominava a informação.
Explicar a sério o passado era demasiado complexo e não criava as reacções emotivas que interessavam ao momento. O melhor, pensavam, era colocar o passado numa nebulosa em que os figurantes pudessem mudar de papel, ora aparecendo subitamente com um manto de heróis ora com uma capa de vilões, conforme as conveniências. As personalidades reais, viam assim diluídos os contextos e, ou se agarravam firmemente aos seus alicerces originais, ou acomodavam-se como podiam num cenário quase desconhecido.
Velhos defensores até às últimas de um regime moribundo ou pessoas penalizadas pelo regime anterior, mas por razões de desonestidade e deslealdade para com o seu semelhante, apareceram subitamente como os maiores democratas de sempre, desde o berço e, se necessário fosse, três gerações atrás. Antifascistas incómodos que sempre haviam sido prejudicados eram enxovalhados por pretensamente terem beneficiado de algo.
A grande maioria do povo que sempre estivera alheado das lutas políticas levava isto a título de disputa que lhe não dizia respeito. Mas houve sempre quem se envolvesse nesta luta em cenários estereotipados e fosse induzida a copiar métodos, imagens, roupagens. Já a respeito de participação ficava-se apenas pelo nível do atrevimento. Sempre contaram com ele para que não fosse necessário muita convicção para manifestar alguma valentia.
Contavam que maior número de pessoas se desprendessem de valores pessoais, que estes não estivessem afinal tão arreigados, os ideólogos de direita e esquerda previram um comportamento estereotipado e determinista. Em parte enganaram-se. A nebulosa sobre o passado teve um efeito nefasto. O atrevimento era menos que o esperado e não entusiasmou a maioria. A percentagem que a esquerda mobilizou não foi suficiente para uma revolução.
Explicar a sério o passado era demasiado complexo e não criava as reacções emotivas que interessavam ao momento. O melhor, pensavam, era colocar o passado numa nebulosa em que os figurantes pudessem mudar de papel, ora aparecendo subitamente com um manto de heróis ora com uma capa de vilões, conforme as conveniências. As personalidades reais, viam assim diluídos os contextos e, ou se agarravam firmemente aos seus alicerces originais, ou acomodavam-se como podiam num cenário quase desconhecido.
Velhos defensores até às últimas de um regime moribundo ou pessoas penalizadas pelo regime anterior, mas por razões de desonestidade e deslealdade para com o seu semelhante, apareceram subitamente como os maiores democratas de sempre, desde o berço e, se necessário fosse, três gerações atrás. Antifascistas incómodos que sempre haviam sido prejudicados eram enxovalhados por pretensamente terem beneficiado de algo.
A grande maioria do povo que sempre estivera alheado das lutas políticas levava isto a título de disputa que lhe não dizia respeito. Mas houve sempre quem se envolvesse nesta luta em cenários estereotipados e fosse induzida a copiar métodos, imagens, roupagens. Já a respeito de participação ficava-se apenas pelo nível do atrevimento. Sempre contaram com ele para que não fosse necessário muita convicção para manifestar alguma valentia.
Contavam que maior número de pessoas se desprendessem de valores pessoais, que estes não estivessem afinal tão arreigados, os ideólogos de direita e esquerda previram um comportamento estereotipado e determinista. Em parte enganaram-se. A nebulosa sobre o passado teve um efeito nefasto. O atrevimento era menos que o esperado e não entusiasmou a maioria. A percentagem que a esquerda mobilizou não foi suficiente para uma revolução.
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