Durante o período de 25 de Abril de 1974 a 25 de Novembro de 1975 tudo girou à volta do poder. As forças políticas organizaram-se como puderam para fazer frente umas às outras. Para que houvesse o mínimo de concorrentes proibia-se e interferia-se na sua gestão interna. Pretendeu-se mesmo impor modelos aceitáveis porque dóceis.
Dificilmente provamos que isto tenha sido feito de forma sistemática até porque havia da parte de quem o queria fazer uma debilidade muito grande. Havia avanços e recuos, mas nunca demonstrando qualquer sentimento de derrota. Como se sabe quem vence impõe um estilo e nesse período nunca ninguém conseguiu impor um estilo, pelo que nunca houve vencedores.
Neste aspecto se pudermos querer achar uma herança temos que constatar que houve uma certa mudança na maneira de abordarmos o tradicional “bota abaixo”, a costumeira “má-língua”, porque precisamente certas forças políticas, na ausência de um estilo próprio, fizeram uma apropriação dessa tradição adoptando a brejeirice e o desbocamento tradicionais.
Todos fizeram o que puderam para reter nas pessoas certos valores ou para fazerem a reconversão que os aproximasse mais das suas próprias teorias. As pessoas eram intimadas por uns políticos para se defenderem antes que o abismo surgisse à sua frente e por outros para se adoptarem a um futuro inevitável, mas mais glorioso que o seu passado.
O panorama político reconfigurou-se com certa rapidez e com uma inesperada solidez, de modo que a sua variação desde as primeiras eleições livres de 25 de Abril de 1975, um ano após o pronunciamento militar, é relativamente pequena e as transferências depois ocorridas podem ser facilmente explicadas.
A luta que se desenrolou após o 25 de Abril de 1975 e até 25 de Novembro de 1975 deu afinal poucos resultados, mas valha a verdade que também essas lutas não passaram na maioria dos casos de verborreia sem sentido, de ataques verbais que não eram levados a sério. Um pouco à maneira de hoje.
Dificilmente provamos que isto tenha sido feito de forma sistemática até porque havia da parte de quem o queria fazer uma debilidade muito grande. Havia avanços e recuos, mas nunca demonstrando qualquer sentimento de derrota. Como se sabe quem vence impõe um estilo e nesse período nunca ninguém conseguiu impor um estilo, pelo que nunca houve vencedores.
Neste aspecto se pudermos querer achar uma herança temos que constatar que houve uma certa mudança na maneira de abordarmos o tradicional “bota abaixo”, a costumeira “má-língua”, porque precisamente certas forças políticas, na ausência de um estilo próprio, fizeram uma apropriação dessa tradição adoptando a brejeirice e o desbocamento tradicionais.
Todos fizeram o que puderam para reter nas pessoas certos valores ou para fazerem a reconversão que os aproximasse mais das suas próprias teorias. As pessoas eram intimadas por uns políticos para se defenderem antes que o abismo surgisse à sua frente e por outros para se adoptarem a um futuro inevitável, mas mais glorioso que o seu passado.
O panorama político reconfigurou-se com certa rapidez e com uma inesperada solidez, de modo que a sua variação desde as primeiras eleições livres de 25 de Abril de 1975, um ano após o pronunciamento militar, é relativamente pequena e as transferências depois ocorridas podem ser facilmente explicadas.
A luta que se desenrolou após o 25 de Abril de 1975 e até 25 de Novembro de 1975 deu afinal poucos resultados, mas valha a verdade que também essas lutas não passaram na maioria dos casos de verborreia sem sentido, de ataques verbais que não eram levados a sério. Um pouco à maneira de hoje.
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