No Prec a desigual implantação das forças políticas no espaço nacional deu origem ao agudizar dos conflitos inter-partidários. A direita lançou uma cortina em Rio Maior para reivindicar para si o Norte. O esquerdismo fez uso da sua influência nas cinturas industriais de Lisboa e Setúbal e no Alentejo para neutralizar à partida qualquer intervenção da direita.
Ninguém exerceu o poder de exclusão, não se criaram guetos, mas na prática sabia-se dos perigos que se corriam, das ideias mais comuns que era melhor não contestar, que era quase proibido pôr em causa. Para que se despoletasse uma guerra civil era preciso haver perseguições que tornassem impossível conviver e isso na realidade não chegou a ocorrer.
Teriam havido ânimos mais exaltados, casos puramente individuais, afrontamentos à revelia das direcções partidárias, provocações para testar os sentimentos próprios e os alheios. Coacção psicológica não faltou em qualquer dos ambientes, na utilização de relacionamentos pessoais e profissionais para obter posicionamentos políticos favoráveis.
Umas pessoas tudo fizeram para que a sua vida se pudesse manter sem grandes convulsões fosse qual fosse a opção política tomada. Outros porém alteraram quase radicalmente os seus comportamentos, nem sempre numa manifestação de liberdade, muitas vezes dando expressão aos seus sentimentos mais agressivos e venais.
Muitas pessoas alteraram a sua vida normal, mas também muitas se viram obrigadas e alterar amizades, a alterar comportamentos, a alterar ritmos. A desconfiança instalou-se onde era pressuposto ela não ter assento, até mesmo na família. As atitudes provocatórias proliferaram contra uma tradição de não ultrapassagem dos limites convencionais.
Ninguém exerceu o poder de exclusão, não se criaram guetos, mas na prática sabia-se dos perigos que se corriam, das ideias mais comuns que era melhor não contestar, que era quase proibido pôr em causa. Para que se despoletasse uma guerra civil era preciso haver perseguições que tornassem impossível conviver e isso na realidade não chegou a ocorrer.
Teriam havido ânimos mais exaltados, casos puramente individuais, afrontamentos à revelia das direcções partidárias, provocações para testar os sentimentos próprios e os alheios. Coacção psicológica não faltou em qualquer dos ambientes, na utilização de relacionamentos pessoais e profissionais para obter posicionamentos políticos favoráveis.
Umas pessoas tudo fizeram para que a sua vida se pudesse manter sem grandes convulsões fosse qual fosse a opção política tomada. Outros porém alteraram quase radicalmente os seus comportamentos, nem sempre numa manifestação de liberdade, muitas vezes dando expressão aos seus sentimentos mais agressivos e venais.
Muitas pessoas alteraram a sua vida normal, mas também muitas se viram obrigadas e alterar amizades, a alterar comportamentos, a alterar ritmos. A desconfiança instalou-se onde era pressuposto ela não ter assento, até mesmo na família. As atitudes provocatórias proliferaram contra uma tradição de não ultrapassagem dos limites convencionais.
Sem comentários:
Enviar um comentário