Em 25 de Abril de 1974 Portugal pertencia à EFTA, organização de comércio liderada pela Grã-Bretanha e que ainda hoje subsiste com os membros que a não quiseram abandonar para aderir à Comunidade Europeia.
Esta organização de que Portugal foi membro fundador muito contribuiu para o desenvolvimento industrial do País, embora numa lógica de divisão internacional do trabalho que visava acima de tudo aproveitar a mão-de-obra pouco qualificada e excedentária.
A EFTA não assentava em princípios políticos nem visava evoluir para qualquer tipo de organização com natureza política. Mas como Portugal já pertencia à NATO tinha na EFTA a sua forma de integração na economia ocidental, beneficiado também dos acordos que a EFTA tinha com outros blocos económicos, que permitiam ultrapassar divergências bilaterais. Estava garantida a eficácia mínima da política externa do regime de Salazar.
O poder instituído após o 25 de Abril, tendo uma marca cada vez mais acentuada de esquerda, procurou manter tratados e alianças e evitar tudo o que pudesse ser entendido como interferência exterior. No entanto era impossível que Portugal deixasse de ser visto como integrando uma zona de influência das potências ocidentais.
Por falta de uma actuação eficaz por via diplomática, os governos ocidentais procuraram explorar outros contactos, outras formas de “interferência” nos assuntos internos que lhes permitisse assegurar que o País não saísse muito do padrão ocidental.
Por pertencer à Internacional Socialista, mas também por exclusão de partes, já que Sá Carneiro esteve bastante tempo afastado da liderança do seu partido, coube a Soares desempenhar o papel agregador internamente e de projecção mundial inquestionável. Coube a Cunhal representar os interesses antagónicos a esses que eram os do bloco de leste.
Esta organização de que Portugal foi membro fundador muito contribuiu para o desenvolvimento industrial do País, embora numa lógica de divisão internacional do trabalho que visava acima de tudo aproveitar a mão-de-obra pouco qualificada e excedentária.
A EFTA não assentava em princípios políticos nem visava evoluir para qualquer tipo de organização com natureza política. Mas como Portugal já pertencia à NATO tinha na EFTA a sua forma de integração na economia ocidental, beneficiado também dos acordos que a EFTA tinha com outros blocos económicos, que permitiam ultrapassar divergências bilaterais. Estava garantida a eficácia mínima da política externa do regime de Salazar.
O poder instituído após o 25 de Abril, tendo uma marca cada vez mais acentuada de esquerda, procurou manter tratados e alianças e evitar tudo o que pudesse ser entendido como interferência exterior. No entanto era impossível que Portugal deixasse de ser visto como integrando uma zona de influência das potências ocidentais.
Por falta de uma actuação eficaz por via diplomática, os governos ocidentais procuraram explorar outros contactos, outras formas de “interferência” nos assuntos internos que lhes permitisse assegurar que o País não saísse muito do padrão ocidental.
Por pertencer à Internacional Socialista, mas também por exclusão de partes, já que Sá Carneiro esteve bastante tempo afastado da liderança do seu partido, coube a Soares desempenhar o papel agregador internamente e de projecção mundial inquestionável. Coube a Cunhal representar os interesses antagónicos a esses que eram os do bloco de leste.
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